Mais de R$ 100 milhões foram bloqueados de investigados na operação contra jogos de azar chamada “Confraria do Azar”, deflagrada, nesta quinta-feira (20/4), em três cidades do Triângulo Mineiro (MG) e em Goiânia (GO). Dois policiais penais e um militar da reserva são investigados. A ação é um trabalho conjunto entre Ministério Público de Minas Gerais e as polícias Militar, Civil e Penal.
Ao todo, houve a participação de 250 agentes públicos, entre membros do MPMG e integrantes das forças de segurança pública. Foram cumpridos 62 mandados de busca e apreensão e de prisão nas cidades de Uberlândia, Ituiutaba, Araguari, além da capital goiana.
A Justiça acatou o pedido de bloqueio de R$ 108 milhões em bens e valores do patrimônio de 29 dos investigados.
Esta ação engloba outras três operações distintas e anteriores, todas voltadas à apuração e repressão de quadrilhas envolvidas com exploração de jogos de azar, corrupção policial e lavagem de dinheiro. Segundo os levantamentos, empresas, como postos de combustíveis, eram usadas para lavar dinheiro conseguido com o jogo do bicho.
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Outras operações
Entre as investigações anteriores que embasaram a operação desta quinta, está a operação “Lavanderia dos Sonhos”, que até aqui teve quatro fases e resultou na identificação de uma estruturada organização criminosa atuante há mais de 30 anos em Uberlândia, liderada por uma mesma família e ligada a jogos de azar.
Já a operação “Trevo do Infortúnio” apontou a existência de um cartel dentro do jogo do bicho em Uberlândia, no qual bicheiros combinavam preços, cotações de apostas e pagamentos de prêmios, além da divisão territorial das atividades clandestinas. Com braços dentro das polícias, eles ainda conseguiam informações sigilosas sobre operações.
Por último, a operação Águia detectou um terceiro grupo liderado por herdeiros de um antigo contraventor da cidade, que também estava ligado aos jogos ilícitos e com lavagem de dinheiro.