A Polícia Civil e a Polícia Militar de Minas Gerais apreenderam 988 armas de fogo e 11.169 munições em todo o estado, dentro da Operação Tigger, realizada conjuntamente em toda a América Latina, por forças de segurança, entre 12 de março e 2 de abril. O total de pessoas presas, conduzidas e autuadas foi de 1.257 pessoas, além de 186 menores apreendidos.
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Dupla é presa com drogas e armamento das Forças Armadas na Grande BHPRF faz maior apreensão de armamento da históriaForagido há oito anos é preso por tráfico de drogas em GoiásBombeiros resgatam jaguatirica dentro de um galinheiro no Norte de MinasA operação foi deflagrada para combater o tráfico internacional de armas de fogo. O objetivo foi concentrar esforços das forças de segurança dos diversos países envolvidos para identificar e interromper atividades criminosas relacionadas ao tráfico de armas de fogo e crimes correlatos.
Outro objetivo da operação foi aprimorar a cooperação policial internacional por meio da coleta e compartilhamento de ações de Inteligência em investigações de tráfico de armas e do uso de ferramentas específicas da Interpol. Em Minas Gerais, a operação foi coordenada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Para realizar a operação no estado, a Sejusp contou com um efetivo de 486 policiais e 153 viaturas. Entre as armas apreendidas, os policiais destacam dois fuzis, 11 metralhadoras, 115 espingardas, 382 revólveres e 230 pistolas.
“As forças de segurança de Minas Gerais e forças federais se empenharam de forma integrada na operação Trigger, que visa ao combate e controle da circulação de armas ilegais no nosso país. Uma operação motivada pela Interpol, sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e no âmbito de Minas Gerais com a coordenação da Sejusp, envolvendo as demais instituições do estado. Foram apreensões muito vultosas, que contribuem para a preservação da segurança do povo mineiro, uma vez que tiram de circulação armamentos que estão de forma ilegal nas mãos das pessoas”, diz o superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Bernardo Naves.
Segundo a delegada Cláudia Marra, diretora de Operações da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária da Polícia Civil de Minas Gerais, a operação foi encampada pela Polícia Civil por meio da integração com os demais órgãos de segurança pública, no sentido de apoiar as forças federais com atuação repressiva qualificada contra o tráfico e o comércio ilegal de armas de fogo e munições.
“Em Minas Gerais, ações pontuais foram realizadas pela Polícia Civil com resultados exitosos, como a que ocorreu na cidade de Passos, Sul do estado, quando da apreensão de duas pistolas calibre 380 e uma escopeta calibre 12, além de munições e sete placas balísticas”, informa a delegada.
A Polícia Militar também participou da operação. Para o tenente-coronel Flávio Santiago, chefe do Centro de Jornalismo da Polícia Militar de Minas Gerais, “a integração entre os órgãos, com foco no combate à criminalidade, sobretudo o tipo de gestão que controla e organiza toda a parte estatística, faz com que tenhamos dias melhores para nossas comunidades e nossa sociedade em geral”.
Resultado nacional
No total, no Brasil, a operação resultou na apreensão de 4.677 armas de fogo, 147.954 munições, 15.195 quilos de entorpecentes, 41.231 fiscalizações/abordagens de pessoas, 6.167 pessoas detidas por crimes diversos e 345 veículos apreendidos.
As atividades operacionais ficaram concentradas nos grandes centros e em cidades fronteiriças. No interior, destaque para a fiscalização de rodovias, portos e aeroportos.
Participaram da operação 15 países, que fizeram constantes trocas de informações, sempre com rapidez. Tudo foi feito com apoio da Interpol, através de suas ferramentas, para verificação do cruzamento de informações.
Além das polícias Civil e Militar de Minas Gerais, participaram da operação a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Receita Federal, além das Secretarias de Segurança Pública estaduais e Polícias Civil e Militar de todos os estados brasileiros, sob coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O Exército Brasileiro também integrou as forças, com ações de fiscalização sob sua competência exclusiva.