Sob os gritos de “poder para o povo” e “poder do povo”, centenas de manifestantes pediam a revogação da nova tarifa do transporte público, que é considerada a mais cara do país. Já em frente ao prédio da PBH, os participantes atearam fogo em uma escultura que simbolizava as catracas dos coletivos.
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O PL em questão foi recebido com críticas pelos vereadores da capital, que querem que contrapartidas sejam exigidas das empresas para benefício dos passageiros. O projeto está parado na Câmara, enquanto vereadores discutem, ao menos, duas formas de evitar que o aumento da tarifa seja levado a cabo.
Negociação
Poucas horas antes da manifestação, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), e o presidente da Câmara Municipal (CMBH), Gabriel Azevedo (sem partido), se reuniram para discutir a situação da passagem dos ônibus da capital. No encontro, o vereador propôs uma emenda substitutiva ao PL 538/2033, que prevê subsídio às empresas de ônibus. A previsão é que o prefeito analise as propostas e responda até a tarde desta quarta-feira (26/4).
O texto proposto por Gabriel aponta que a aprovação do PL determina a tarifa principal da cidade no valor antigo de R$ 4,50, além de medidas como o corte do subsídio em viagens que aconteçam sem ar condicionado e condições básicas de manutenção e limpeza.
O preço final das passagens ainda foi colocado de forma indefinida pelo prefeito. Em entrevista após a reunião, Fuad disse que o valor da tarifa é inversamente proporcional ao do subsídio.