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Estado de Minas OPERAÇÃO CASA DE PAPEL

Polícia identifica esquema milionário de furto de veículos que passa por BH

Investigação aponta 20 veículos roubados ou furtados. Mandados foram cumpridos na capital, Contagem, Pará de Minas e Três Marias. Prejuízo pode chegar a R$ 4 mi


26/04/2023 19:49 - atualizado 26/04/2023 22:48

Itens apreendidos expostos em uma mesa na delegacia. Atrás aparece uma parede branca. Também há um banner da Polícia Civil.
Apurações da Polícia Civil tiveram início há aproximadamente cinco meses (foto: PCMG/Divulgação)
Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Belo Horizonte, Contagem, Pará de Minas e Três Marias, nessa terça-feira (25/4), pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), contra uma organização criminosa especializada em furto e roubo de veículos, informou a instituição policial durante entrevista coletiva à imprensa no início da tarde desta quarta-feira (26/4). 
 
A Polícia Civil diz que já identificou 20 veículos roubados ou furtados – a maioria caminhonetes de luxo. O prejuízo é estimado em R$ 4 milhões às vítimas. As diligências dessa terça fazem parte da primeira fase da operação intitulada Casa de Papel. 
 
“Sabemos que vários dos veículos adulterados eram vendidos na Região Metropolitana e no interior do estado, onde eram remetidos para seis municípios e até outros estados, especialmente para o Espírito Santo”, afirma o delegado Domiciano Monteiro, chefe da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação de Furto e Roubo de Veículos Automotores.
Domiciano acrescenta que a organização criminosa tem “especialização de ponta na adulteração de veículos”.  “Foram apreendidas 45 centrais eletrônicas que vinham de veículos provenientes de crimes”, completa. 

Maior parte do grupo já tem passagem pela polícia

As investigações tiveram início há aproximadamente cinco meses. Desde então, sete pessoas já foram presas na operação que tem como objetivo recolher provas relacionadas à forma de ação do grupo, que os investigadores definem como “complexo e altamente organizado”.  Além da subtração e adulteração de veículos, os crimes envolvem receptação, estelionato e lavagem de dinheiro.
 
O grupo criminoso é composto por 10 pessoas, sendo que nove delas já possuem passagens pela polícia, afirma o delegado Leandro Macedo, titular da 5ª Delegacia Especializada em Investigação de Furto e Roubo de Veículos Automotores (Depifvra). 
 
“Todos elas são lideradas pelo homem que se autodenominou ‘professor’, em referência à série televisiva. Ele se diz uma pessoa com inteligência acima da média e, conforme apuramos, está por trás de toda a organização”, explica. 
 
Nesse sentido, na casa desse líder, localizada em Três Marias, os policiais civis apreenderam máscaras similares às utilizadas no seriado. “Ele possui gerentes responsáveis pelo furto ou roubo de veículos, além da adulteração, distribuição e lavagem de dinheiro por meio de laranjas. Todos são alvos da operação”, completa.


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