O médico operou Gleyciane no Instituto Mineiro de Obesidade (IMO).
Inicialmente, o médico declarou solidariedade à família da sua ex-paciente. “Eles perderam alguém da família, e eu perdi uma paciente. Quem me conhece sabe que toda paciente é, para mim, como se fosse da família”, diz no vídeo.
“Todos os maiores cirurgiões plásticos de Belo Horizonte já tiveram óbitos, mas ninguém viu na mídia”, complementou o médico, após citar exemplos de complicações pós-cirúrgicas e explicar que em cirurgias plásticas pode haver complicações, como em qualquer área da medicina. “Todas as minhas pacientes sabem que entraram no meu consultório, conscientes de todos os riscos cirúrgicos".
Entenda
A mulher, de 38 anos, morreu na madrugada de terça-feira (25/4) após ser submetida a uma abdominoplastia e uma lipoaspiração no Instituto Mineiro de Obesidade (Instituto IMO).
Quem a operou foi o médico-cirurgião Lucas Mendes, e esta não é a primeira vez que uma paciente morre por complicações de cirurgias feitas por ele. Em 2021, Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira, de 39, também morreu nas mesmas condições. Por causa disso, ele foi denunciado pelo MPMG.
Em nota sobre o novo caso, o Conselho Regional de Medicina (CRM-MG) informou que vai instaurar os procedimentos administrativos necessários à apuração dos fatos. A Polícia Civil de Minas Gerais também instaurou um inquérito para investigar as causas da morte da paciente.
O que dizem as pacientes
Nira Ferreira, de 36 anos e paciente do Dr. Lucas Mendes, conta que realizou um procedimento cirúrgico com o médico um ano antes da morte da primeira paciente e ficou chocada quando soube da morte da paciente que morreu nesta terça-feira (25/4). Nira ainda recomendou o médico para duas amigas, que também gostaram do resultado das cirurgias que fizeram e não tiveram problemas.
Outras três pacientes relataram que sabiam da morte da primeira paciente, em 2021, e mesmo assim escolheram o cirurgião. O motivo que as mulheres apresentaram era o mesmo: a confiança e o suporte que tiveram de Lucas. Elas disseram que, desde a primeira consulta, o médico alertou para os riscos do procedimento.
* Estagiárias sob supervisão do subeditor Thiago Prata