Um homem de 26 anos suspeito de liderar uma quadrilha especializada em arrombamentos de casas de médio e alto padrões em Belo Horizonte foi preso nessa terça-feira (25/4). A informação foi divulgada nesta quinta (27/4) pela Polícia Civil de Minas Gerais, que investiga o envolvimento de outras cinco pessoas no esquema.
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Histórico de crimes
Em fevereiro, a quadrilha invadiu uma casa no bairro Mangabeiras, também na região Centro-Sul, e fez um idoso de 86 anos de refém. Segundo a polícia, o homem foi amordaçado com fios de telefone, agredido e ainda recebeu ameaças de morte. Os criminosos levaram R$ 5 mil.
A vítima conseguiu pedir socorro por meio de uma pulseira de emergência médica, e um sobrinho foi até a casa dela. Os criminosos fugiram depois que o parente tocou a campainha da casa. O suspeito chegou a ser preso, mas, em seguida, foi liberado por falta de provas.
O mesmo criminoso foi preso no dia 15 de abril em Esmeraldas, na Grande BH, suspeito de homicídio e ocultação de cadáver. Dois dias depois, após uma audiência de custódia, ele foi libertado.
Como a quadrilha agia
A quadrilha atuava principalmente nas regiões Centro-Sul, Noroeste e Venda Nova e chegou a realizar pelo menos 11 arrombamentos. Entre os bairros alvos dos criminosos estão Mangabeiras, São Bento, Prado, Padre Eustáquio e Alípio de Melo.
Segundo o delegado Emílio Oliveira, os criminosos monitoravam as casas e a rotina dos moradores e procuravam casas vazias. "Eles tocavam a campainha para se certificar de que não tinha ninguém em casa", explica.
Os bandidos procuravam roubar objetos de alto valor como joias, relógios e dinheiro. "São pessoas especializadas em arrombamento. Muitas vezes conseguem invadir a casa sem nem danificar a fechadura ou o sistema de segurança das residências", aponta o delegado.
Bilhete de desculpas
Em dezembro do ano passado, a quadrilha arrombou uma casa no bairro Anchieta, na região Centro-Sul de BH. Ao descobrir que o dono da residência era um delegado, o ladrão devolveu os objetos e deixou um bilhete pedindo desculpas.
"Se eu soubesse que era casa de polícia, não teria entrado. Sou sujeito homem, por isso, estou devolvendo", dizia o bilhete escrito à mão, deixado no jardim da casa, junto com todos os objetos que haviam sido levados dias antes.