Moradores da região relataram ao Estado de Minas que ouviram explosões de fogos de artifício e, em seguida, a movimentação da Polícia Militar (PMMG) contra os manifestantes. Em imagens feitas por vizinhos, é possível ver um grande efetivo militar e parte da motociata dos entregadores.
A reportagem entrou em contato com o 22º Batalhão da PMMG, que atende a região, e com a sala de imprensa da corporação, mas, até a publicação desta matéria, não havia nenhum registro de ocorrência no local. O 22º BPM informou que o batalhão ficou cerca de três horas sem energia elétrica e que, por isso, não era possível saber do que estava acontecendo com as guarnições que estavam na rua.
O protesto aconteceu um dia depois de um casal ser agredido por clientes. De acordo com o boletim de ocorrência, o motoboy contou que chegou ao local para entregar uma pizza e, ao pedir o código de verificação, exigência do aplicativo de delivery, o cliente teria recusado e afirmado que não passaria nenhum número.
Ainda segundo o homem, ele tentou argumentar com o morador, que continuou a recusa em oferecer o código. Além disso, um dos suspeitos de agredi-lo deu a entender que estaria armado, pois colocou a mão dentro da blusa.
Depois das ofensas, os moradores começaram a agredir o entregador, que revidou. A ocorrência foi registrada como agressão e, tanto o motoboy quanto o cliente, foram classificados como vítimas e autores.