A morte de um adolescente, de 13 anos, no Hospital da Criança, em Uberaba (Triângulo Mineiro) no último sábado (29/5), está sendo investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Promotoria de Defesa da Saúde de Uberaba, Secretaria de Saúde de Uberaba e pela equipe do próprio hospital.
A família do jovem, que atuava nas categorias de base do Nacional Futebol Clube (NFC) e sonhava em ser jogador de futebol profissional, registrou a morte na Polícia Militar (PM) de Uberaba como omissão de socorro.
Segundo relato da médica do atendimento ao registro policial, o adolescente, que sofria de asma, deu entrada com pneumonia e um quadro extremamente delicado, mas o Hospital da Criança (entidade filantrópica privada) não tinha os equipamentos necessários para tratar o paciente de maneira adequada.
A médica afirmou que o único ventilador respiratório existente no hospital estava com defeito. Além disso, ela disse aos militares que o procedimento de oxigenação do paciente foi realizado manualmente.
Ainda conforme o depoimento da médica, durante uma das ligações para o Samu, a atendente disse que não havia nenhuma viatura disponível para enviar ao hospital, já que a Unidade de Suporte Avançado (USA) estava socorrendo uma vítima de acidente de trânsito.
Conforme nota da prefeitura de Uberaba, assim que a USA foi liberada e se dirigiria à unidade, a equipe do Samu entrou em contato com o Hospital da Criança, sendo informada pela médica assistente do óbito.
Deboche
A médica ainda relatou à PM de Uberaba que durante uma das ligações para o Samu, a atendente agiu com deboche diante da grave situação, pois ela teria perguntado se era para a equipe do Samu arremessar o socorrido do acidente para fora da ambulância para poder atender a demanda do adolescente.