Jornal Estado de Minas

EXTREMISMO

Júri de torcedores que atacaram ônibus com atleticanos pode durar três dias

O primeiro dia de julgamento dos dois integrantes da torcida organizada Máfia Azul, do Cruzeiro, acusados de tentativa de homicídio por ataque a um ônibus da linha 6350, com torcedores atleticanos, foi encerrado por volta das 17h30 desta terça-feira (9/5), no Fórum Lafayette, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A previsão é que o júri dure de dois a três dias.




Na primeira sessão de oitivas, dez pessoas foram ouvidas. Entre elas, vítimas, um policial que atuou na ocorrência e o motorista do coletivo. Inicialmente, o júri estava marcado para a manhã de 14 de fevereiro, mas o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu o adiamento do julgamento porque duas vítimas não puderam comparecer.

Walker Marcelino Gouveia Lopes e Gustavo Luiz da Silva respondem por nove tentativas de homicídio qualificado e por um homicídio. De acordo com a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, a previsão é que o júri seja retomado às 9h desta quarta-feira (10/5).

Relembre o caso

Em 28 de novembro de 2021, seis integrantes da Máfia Azul, que estavam em uma Chevrolet Blazer, interceptaram o ônibus da linha 6350 (Estação Vilarinho/Estação Barreiro) no Anel Rodoviário, na Região do Barreiro. O coletivo transportava cerca de 30 torcedores do Atlético.

Os suspeitos atiraram bombas, pedaços de madeira e pedras contra o ônibus. O ataque deixou duas crianças feridas e causou a morte de Matheus de Freitas Ferreira, que era integrante da Galoucura, torcida organizada do Atlético. 
 
Os acusados foram presos pela polícia, e, com eles, foram apreendidos três bastões de madeira, cinco bombas, um soco inglês e uma unidade de fogo de artifício.