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Estado de Minas SALÁRIO DE R$ 10 MIL

Líder de facção era funcionário de consulado em Minas e recebia R$ 10 mil

Hoje, o paradeiro de Tuta é desconhecido; promotores afirmar que o homem foi morto pela própria facção, que por sua vez afirma que ele foi somente expulso


11/05/2023 12:09 - atualizado 11/05/2023 13:10
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Tuta em foto após ser preso
Tuta exerceu cargo oficial, com carteira assinada, mesmo sendo procurado pela polícia (foto: Reprodução)
O líder de uma das maiores facções criminosas do Brasil exerceu, durante um ano, o cargo de adido comercial no Consulado de Moçambique, em Minas Gerais. Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, recebia R$ 10 mil pela função. As informações são de Josmar Jozino, colunista do UOL.

Ainda segundo o colunista,a informação foi confirmada à Justiça de São Paulo pelo ex-cônsul-honorário da República de Moçambique em Minas Gerais, Deusdete Januário Gonçalves.

Apesar de atualmente não fazer parte da facção criminosa, Tuta atuou no consulado no período em que estava na facção criminosa, de julho de 2018 até julho de 2019, sendo, inclusive, procurado pela polícia de São Paulo, à época.
 
O atual paradeiro de Tuta é um mistério. Promotores de Justiça afirmam que o ex-líder da facção foi assassinado em 2022, mas o PCC diz que ele foi expulso e não há informações sobre sua localização. Os advogados do criminoso, por sua vez, não quiseram se manifestar sobre as acusações.

Contratação

De acordo com o ex-cônsul-honorário da República de Moçambique em Minas, o consulado havia aberto vagas para o cargo de adido comercial e  Tuta foi apresentado por ministros-conselheiros da Embaixada de Moçambique no Brasil. Como preenchia os requisitos para a vaga, o ele foi contratado com carteira assinada.

De acordo com Deusdete, na época da contratação, foram exigidas à Justiça de Minas Gerais e à Justiça Federal as apresentações da folha de antecedentes criminais de Tuta e do certificado de registro de CAC do homem. 

Comos os documentos não apresentavam irregularidades, o  trabalho de Tuta no consulado consistia em apresentar ao córgão, a cada dois meses, uma empresa disposta a investir em Moçambique. O adido comercial tinha, ainda, o direito de receber do governo moçambicano 15% do valor investido pela organização escolhida no país da África.

No período, Tuta indicou duas empresas, uma de baterias e outra de lixo. Deusdete afirmou à polícia que nenhuma das empresas apresentadas pelo criminoso apresentaram irregularidades durante os levantamentos feitos antes da contratação.

Desligamento

Deusdete Januário Gonçalves contou que o desligamento de Tuta se deu após a abertura de inquérito contra o criminoso por lavagem de dinheiro. O ex-cônsul-honorário da República de Moçambique chegou a ser chamado para depor em defesa de seu funcionário, situação que o deixou “desconfortável” e que acarretou na demissão do subordinado do consulado.

De acordo com Deusdete, ele não teve mais notícias de Tuta após seus desligamento. O ex-cônsul deixou o Consulado de Moçambique em Minas Gerais em julho de 2019, no mesmo período da saída de Tuta.



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