A paralisação dos professores da rede particular de Minas Gerais, anunciada para esta quinta-feira (11/5), foi marcada pela baixa adesão da categoria. Em Belo Horizonte, segundo a representação das escolas, nenhuma instituição teve as aulas suspensas.
A categoria reivindica reajuste e recomposição salarial, após anos sem correção. A paralisação foi marcada após os profissionais rejeitarem uma proposta de aumento de 4,36% feita pelo Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe/MG).
Os professores se reuniram em assembleia nesta manhã (11/5) para definir os rumos da negociação. O Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), no entanto, não tem um balanço de quantos profissionais aderiram ao movimento.
Não há previsão de uma nova paralisação da categoria, porém o sindicato espera maior adesão, caso as negociações não avancem. "Vai depender de como vai ser a comunicação com o sindicato patronal", disse a presidente do Sinpro-MG, Valéria Morato.
Reivindicações dos professores
Os professores da rede particular de ensino alegam que, em 2020, a categoria não teve reajuste salarial e, nos anos seguintes, a recomposição não foi suficiente para repor a perda da inflação.
Segundo o Sinpro-MG, a defasagem salarial já se acumula em 20,01%. Na última segunda-feira (8/5), o Sinepe/MG ofereceu 4,36% de aumento, parcelado em duas vezes, em abril e em outubro. A proposta foi rejeitada pelos professores.
O índice proposto pelo Sinepe/MG ainda estaria condicionado à aceitação pela categoria de divisão da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e redução do adicional por tempo de serviço de 5% para 3%.