Jornal Estado de Minas

'O MENU, POR FAVOR'

Contagem já tem lei que obriga cardápio impresso nos restaurantes

 Durante a pandemia do coronavírus, lanchonetes e restaurantes passaram a utilizar mais ativamente cardápios virtuais como medida sanitária. Agora, várias cidades mineiras estão discutindo regulações sobre a relação dessa nova modalidade com os menus físicos tradicionais.



Em Contagem, na Grande BH, já tem em vigor uma lei que obriga a disponibilidade de cardápios impressos em estabelecimentos da cidade. O cardápio no modelo de QRCode continua como uma opção aliada ao cardápio convencional.

"Temos visto, de forma cada vez mais recorrente, a não disponibilidade dos cardápios impressos nos bares e restaurantes. Para quem tem celular, desde que esteja carregado, e para quem tem familiaridade com a tecnologia, fazer a leitura do código QR pela câmera é algo simples. Mas e quem não tem? Para essas pessoas que acham mais fácil a leitura do cardápio físico, essa convivência deve ser respeitada”, justifica o presidente da Câmara Municipal, Alex Chiodi (SD), autor da Lei 5350/2023.

Nesta semana, a Associação Brasileiras de Bares e Restaurantes (Abrasel) publicou os resultados de sua pesquisa sobre a implementação de cardápios virtuais por restaurantes, realizada no segundo semestre de 2022.



Segundo os dados coletados, 38% dos estabelecimentos questionados já adotam a tecnologia de QR Code; 25% dos restaurantes estão em implantação/pretendem adotar cardápios virtuais e 11% deixaram de utilizar o modelo com o fim das restrições da pandemia.

As vantagens do novo sistema são a sua agilidade para atualização (apontado por 54% dos estabelecimentos com menus virtuais), apresentação mais atrativa dos itens (42%) e redução dos custos de produção (39%).


Para aqueles que não adotam a tecnologia, o motivo mais citado é a preferência dos clientes pelo cardápio físico – resposta apontada por 40% dos estabelecimentos que não usam QR Code. Maiores vendas quando há a presença do garçom e a dificuldade da utilização do cardápio virtual por clientes são outros dois grandes fatores apontados, indicados por 25% e 21% dos questionados que não utilizam QR Code, respectivamente.