A cadelinha vira-lata encontra-se no posto da PRF em Salinas, onde foi alimentada pelos policiais e, na terça-feira (23/5), foi levada a um pet shop da cidade e recebeu um banho, já que o pelo dela estava com fumaça e poeira.
A Justiça ainda vai decidir se o animal voltará para sua dona ou vai para uma Organização Não Governamental (ONG) de cuidadores, visando a doação. Enquanto não se decide o seu destino, a PRF realiza, por meio de sua rede social, uma pesquisa que tem como objetivo a escolha do nome da cachorrinha. “Vitória”, “Estrelinha” e “Guerreira” são alguns nomes sugeridos pelos internautas.
O policial Cristiano Mendes, da assessoria de Comunicação da PRF, explica que tomou conhecimento da denúncia de que o motorista transportava a cadelinha em condições de maus-tratos por meio de uma denúncia feita por um internauta, na segunda-feira, por volta das 21h. O denunciante postou um vídeo do animal no caminhão estacionado às margens da BR-251, em Montes Claros.
“Por coincidência, eu estava de folga, brincando com minha cachorrinha, Mila, ao lado de minha filha pequena, a Antonella, quando percebi um brilho na tela do meu celular e verifiquei a denúncia”, conta o policial rodoviário.
Cristiano relata que, imediatamente, o setor de inteligência da PRF foi acionado. Ainda na noite de segunda-feira, por volta das 23h, o caminhão que transportava o animal em condições de maus-tratos foi localizado em um posto de combustíveis em Salinas.
O caminhoneiro foi conduzido para a delegacia de Polícia Civil de Taiboeiras (a 45 quilômetros de Salinas), onde foi preso e autuado em flagrante por maus-tratos a animais.
De acordo com a PRF, o motorista relatou que foi contratado por uma mulher para fazer o carreto de uma mudança de Campinas para a cidade de Livramento, no interior da Paraíba, uma extensão de 2.550 quilômetros. Ele declarou que saiu do interior de São Paulo no sábado e que chegaria à cidade paraibana nesta quarta-feira. “Com isso, a cachorrinha viajaria durante cinco dias na parte externa do caminhão, exposta ao frio e ao vento”, lamentou o policial rodoviário Cristiano Mendes.
Ainda segundo ele, mesmo não estando presente no momento do flagrante, a mulher que contratou o caminhoneiro para fazer o transporte da mudança também foi qualificada como autora do crime de maus-tratos.