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Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Corpo de bebê que teve a cabeça arrancada no parto é enterrado

Recém-nascida teve a cabeça separada do corpo durante parto feito no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1º/5


24/05/2023 15:15 - atualizado 24/05/2023 15:14
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Entrada do Hospital das Clínicas, em BH
A Polícia Civil informou que segue investigando o caso e que, assim que possível, divulgará informações sobre a conclusão do inquérito (foto: Ebserh/Divulgação)
O corpo do bebê que teve a cabeça arrancada durante o parto no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi liberado do Instituto Médico-Legal (IML), nessa terça-feira (23/5), mais de 20 dias depois da morte, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A criança foi enterrada hoje de manhã. 

 

Ainda de acordo com a PCMG, os exames necroscópicos e laboratoriais foram finalizados e o corpo da recém-nascida foi entregue para a família. A instituição informou, também, que o “caso segue sendo investigado e, assim que possível, divulgará informações sobre a conclusão do inquérito. As investigações prosseguem a cargo da 1ª Delegacia de Polícia Civil/Centro.”

 
 

Relembre o caso


O parto foi feito em 1º de maio. Segundo consta no registro da ocorrência, a mãe levava uma gestação de 28 semanas e apresentou quadro de pressão alta, optando por ir até a unidade hospitalar. Chegando lá, a mulher acabou internada para fazer um parto induzido.

A advogada da família, Aline Fernandes, contou que houve muita dificuldade para a criança sair no momento do parto, mas que, em dado momento, a cabeça apontou, e a médica responsável chamou o pai para ver a filha. O homem afirmou ter visto o bebê piscar e mexer a boca.
 

A médica então teria dito que o bebê não iria sair naturalmente e perguntou se poderia cortar mais um pouco, sem anestesia. A mãe aceitou o procedimento, mas, mesmo com os dois novos cortes feitos, a criança ainda não saiu. “Nessa de puxar a cabecinha da criança com as mãos para tentar tirar o corpinho, fazer a criança nascer efetivamente, aconteceu essa tragédia de separar a cabeça do corpo da criança”, contou Aline.
 
A advogada ainda disse que, após o ocorrido, a equipe costurou a cabeça da criança no corpo e entregou o bebê para mãe ver. “A avó da criança, que já estava muito nervosa, muito irritada com aquela situação, despiu a criança, tirou a toquinha e viu que ela estava com vários hematomas, várias marcas de dedos, estava muito roxa a cabeça; eles tentaram esconder isso com uma toquinha. E o pescoço estava costurado, realmente”.

O Hospital das Clínicas da UFMG, em nota, “lamentou profundamente” o acontecido e afirmou estar trabalhando na apuração do caso. A unidade de saúde disse ainda que prestará apoio à família da criança. 
 
“Em relação ao caso citado, o Hospital das Clínicas da UFMG, administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), lamenta profundamente o fato e se solidariza com a família neste momento de luto. O HC e a EBSERH empenharão todos os esforços para apuração dos fatos e análise do caso e apoio à família”.

(Com informações de Bruno Luis Barros)


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