O casal preso nesta semana, em João Pinheiro, no Noroeste de Minas, acusado de agressão contra um bebê de 1 mês de vida, vai responder pelo homicídio de outro filho em 2022, que, na época, tinha a mesma idade. A mãe confessou em depoimento à Polícia Civil que o marido dela teria agredido a criança cuja morte era tida como natural.
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Na mesma ocasião, a PM foi informada sobre a morte do filho anterior deles, no ano passado. Ao prestar depoimento, a mulher foi questionada pelo caso de 2022 e contou sobre o assassinato do filho. Ela disse que a criança também chorava e o marido estava nervoso por estar com ciúmes da mulher. Ele, então, sufocou o filho com um travesseiro.
“Existia um inquérito sobre a morte do ano passado, mas a genitora tinha dado declarações diferentes e agora o quadro probatório mudou. Ela pode responder pelo crime cometido pelo marido. Na época, alegaram morte natural, que havia amamentado o filho à noite e, quando acordaram, ele estava morto. Eles demoraram duas horas para chamar a polícia alegando estar em choque”, disse o delegado da Polícia Civil, Daniel Pedro.
O pai já foi indiciado por tentativa de homicídio contra o bebê, maus-tratos qualificado contra a criança e ameaça contra a esposa pela Lei Maria da Penha. Ele pode pegar até 25 anos de prisão. A mulher foi indiciada por maus-tratos à criança e pode pegar até 5 anos de prisão com pena acrescida em dois terços.
Sobre o assassinato denunciado pelo mulher, o inquérito deve ser concluído até sexta-feira (26/5). Caso confirmado, as penas dos pais poderão chegar a 40 anos de prisão.