A Polícia Federal vai a Mariana, na Região Central de Minas Gerais, fazer diligências em órgãos municipais, incluindo a prefeitura, para coletar informações sobre supostas irregularidades nas declarações emitidas no Sistema Indenizatório Simplificado - Novel - usadas para indenizações dos atingidos da barragem de Fundão. Ao todo, serão analisados registros de 4 mil pessoas por suspeita de fraude.
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Cobra é encontrada em ônibus escolar no interior de MinasMotorista de aplicativo é preso suspeito de estuprar passageira em BHMau cheiro em estação de tratamento de esgoto incomoda cidade mineiraApós restauração, Mariana reconquista dois monumentosInvestidor da Bolsa vai distribuir dinheiro pelas ruas de BH; veja comoA operação será na prefeitura de Mariana, Secretaria de Administração, Secretaria de Cultura, Defesa social, Secretaria de Desenvolvimento, Câmara Municipal de Mariana e cartórios da cidade onde serão coletados por investigadores da PF documentos que irão subsidiar os relatórios e as conclusões dos laudos periciais.
Motivo da investigação
A ação movida pela Fundação Renova se deu após serem encontrados dois casos de fraudes nos registros na cidade de Aimorés, no Vale do Rio Doce, o que suscitou a suspeita de fraudes em outras localidades. O município foi um dos atingidos pela lama do rompimento da barragem de Fundão, em 2015.
Em 2019, a Polícia Federal também fez uma operação para investigar fraudes no pagamento de indenizações. Cerca de 1,4 mil pescadores tiveram a atividade suspensa nos municípios do Espírito Santo após serem atingidos pela lama da Samarco. Segundo a investigação da Polícia Federal, 100 pescadores obtiveram licenças falsas e foram indenizados pela Fundação Renova.
O procurador jurídico da prefeitura de Mariana, Juliano Barbosa, explica que as diligências que serão realizadas nos órgão públicos não têm nenhuma relação política e de gestão municipal.
“Deixamos claro que não é alvo o governo do Leitão ou de ex-prefeitos, quero deixar isso muito claro. A Renova está buscando, via Polícia Federal, que as declarações do Novel sejam avaliadas a fundo, e parece que nós estamos tratando de número de 4 mil declarações de Mariana, de pessoas que procuraram o Novel, para se cadastrar, para receber suas possíveis indenizações, e talvez alguma fraude tenha sido detectada, mas ela precisa ser comprovada”, disse.
Sobre a ação, a Fundação Renova disse ao Estado de Minas que “reforça seu compromisso na reparação dos atingidos em atendimento ao Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC). Dentro deste objetivo, os casos identificados de possíveis irregularidades em solicitações de indenizações são encaminhados para apuração e providências das autoridades competentes”.