O homem acusado de matar o empresário Moacir Gomes Paraguai, em crime cometido em 2008, foi condenado nesta terça-feira (29/5). A decisão foi tomada pelo júri popular do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG). Raphael Ricardo de Jesus foi sentenciado a 17 anos de prisão, em regime fechado.
Na manhã de 21 de novembro de 2008, no bairro Itaipu, na região do Barreiro, Moacir foi surpreendido na porta da transportadora que administrava, enquanto conversava com dois funcionários. Ele foi atingido por oito tiros e morreu.
Depois dos disparos, o homem ainda roubou R$ 700 de um dos funcionários que conversavam com o empresário. Apesar disso, na investigação a Polícia Civil descartou a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), já que o homem foi assassinado antes.
Uma das hipóteses da investigação era de que o crime haveria sido cometido a pedido da esposa de Moacir, Maria do Carmo, e da filha dele, Elisângela. O empresário teria dito que queria mais um filho, mas com outra mulher. Com medo de dividir ou perder a herança, elas teriam contratado Raphael Ricardo para executar Moacir.
Maria do Carmo chegou a ser pronunciada no processo, mas foi impronunciada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), por falta de indícios para mantê-la como ré. Já Elisângela tinha menos de 21 anos na época do crime e, neste caso, a prescrição é de 10 anos. Quando ela pôde ser pronunciada, este período já tinha acabado.
Durante o julgamento, Raphael Ricardo confessou o crime e disse que as duas mulheres não estavam envolvidas. O réu, no entanto, não respondeu à pergunta da juíza sobre a motivação do crime.