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Estado de Minas BEBÊS A BORDO

Caso raro: trigêmeos gerados naturalmente nascem em Belo Horizonte

A mãe, Érika da Silva, deu à luz às crianças nesta segunda-feira (29/5) e uma das crianças ainda nasceu empelicada


30/05/2023 17:28 - atualizado 30/05/2023 18:37
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mãe com bebês
Antônio, Gustavo e Isadora nasceram na Maternidade Odete Valadares (foto: Arquivo Pessoal)
Um caso raro de trigêmeos gerados naturalmente aconteceu em Belo Horizonte. A mineira Érika da Silva deu à luz às crianças nesta segunda-feira (29/5), na Maternidade Odete Valadares, e um dos bebês ainda nasceu empelicado, outro fato fora do comum. 

Gustavo foi o primeiro a chegar, com 1,774 quilo, seguido por Isadora, com 1,746 quilos (que nasceu empelicada) e por Antônio, com 1,974 quilo. Segundo a mãe, que tem 38 anos, o nascimento foi um grande privilégio para a família. "A ficha caiu quando vi os três nascendo. Enquanto estavam na barriga, a realidade era outra. Como eles nasceram prematuros, ontem eu só vi o Gustavo, mas hoje consegui visitá-los e foi a coisa mais linda do mundo, chorei demais", diz. 
 
bebê empelicado
Isadora, nasceu empelicada e com 1,746 quilos (foto: Aline Castro Alves)
 
Ela lembra que quando descobriu a gravidez, ficou preocupada em como seria a organização da rotina. "No primeiro momento, foi desesperador. Moramos numa casa pequena e tenho um filho de 12 anos, o João Lucas. Depois fomos acostumamos com a ideia, pois não sabemos da matemática de Deus". 

O marido, Marcos Vinícius Nogueira, de 36 anos, afirma que também ficou ansioso com a descoberta e na hora do parto, 'bateu um nervosismo', mas ao ver as crianças, se emocionou. "Chorei e tremi, foi muito emocionante estar presente nesse momento. Estamos muito felizes, é uma benção ter gerado os trigêmeos". 

RISCOS
 
Segundo a Fhemig, a equipe médica afirmou que correu tudo bem e os bebês foram encaminhados à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), por serem prematuros, mas o procedimento é normal. 

O parto foi acompanhado por anestesista, ginecologistas obstetras, pediatras, enfermeiros e técnicos de enfermagem. De acordo com a ginecologista obstetra e especialista em medicina fetal da equipe de alto risco da maternidade, Júlia Castro Damásio Ferreira, por se tratar de uma gestação múltipla, os riscos são maiores.

 "Como é uma gravidez de alto risco, é necessário maior monitoramento, com exames de ultrassonografia mais frequentes, assim como consultas de pré-natal mais próximas, especialmente após 20 semanas de gestação, devido ao aumento do risco de morbidade materna e morbidade e mortalidade perinatal. No entanto, de forma geral, correu tudo tranquilamente com a Érika e os bebês. Ela seguiu todas as nossas orientações e não tivemos grandes intercorrências", disse a médica. 
Geralmente, esse tipo de gravidez é mais comum em mulheres que passam por tratamento para conseguir engravidar. E, segundo a médica, nas gestações múltiplas, existe uma probabilidade maior de anomalias fetais, restrição de crescimento fetal e crescimento discordante, entre outras complicações. "Somado a isso, uma das mais frequentes em gestações múltiplas é o parto prematuro, que pode resultar em maior morbimortalidade infantil", afirma. 

Apesar dos riscos, a mãe e os bebês passam bem. "Foi bem difícil para carregar esses meses, as costas doíam, pernas, região pélvica, costela, tudo. Era um jogo de revezamento, um pouco em pé, outra hora sentada e depois um tempo deitada. A cirurgia foi delicada e agora estou no pós-operatório", finaliza Érika.


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