A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou. nesta quinta-feira (1/6), a operação Waterfall, com objetivo de combater um esquema de fraude no sistema de abastecimento de água da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em Montes Claros, no Norte de Minas.
A ação, que envolveu 24 mandados de busca e apreensão e quatro afastamentos de cargos públicos, teve como alvo suspeitos de participar dessa prática ilegal.
A ação, que envolveu 24 mandados de busca e apreensão e quatro afastamentos de cargos públicos, teve como alvo suspeitos de participar dessa prática ilegal.
De acordo com o diretor de Relacionamento com o Cliente e Regulação da Copasa, Cleyson Jacomini de Sousa, a ação criminosa resultava no furto de água e desequilíbrio do sistema de abastecimento da cidade.
“O furto de água e as ligações clandestinas trazem para a gente um prejuízo não só financeiro, mas um prejuízo do ponto de vista da operação do sistema como um todo porque estamos projetados para atender a uma determinada demanda e, normalmente, essas ligações clandestinas têm um hábito de consumo excessivo - o que causa todo um desconforto e um distúrbio na nossa prestação de serviço”, afirmou.
Além disso, as ligações clandestinas também representam um risco para a saúde, já que, por não serem realizadas dentro dos padrões, podem resultar em contaminação no sistema de abastecimento.
No total, 52 pessoas, entre funcionários da Copasa e contratados de empresas terceirizadas, estão sendo investigadas por participação no esquema fraudulento. Durante as investigações, foram identificados mais de 100 imóveis com ligações de água irregulares, e alguns deles até mesmo suspeitos de furto de água.
A operação contou com a participação de agentes da Polícia Civil, que cumpriram os mandados de busca e apreensão em diferentes locais da cidade. A ação teve início nas primeiras horas da manhã e contou com o apoio de equipes especializadas no combate a crimes contra o patrimônio público.
Durante coletiva de imprensa, a PCMG informou que os documentos e materiais apreendidos serão analisados para auxiliar nas investigações em andamento. Além disso, de acordo com informações recebidas pela corporação, o esquema criminoso também acontece em outros municípios mineiros, o que significa que a operação será replicada em todo o Estado de Minas Gerais.
A Copasa, por sua vez, emitiu um comunicado informando que foram emitidas 56 ordens de serviço para a substituição de hidrômetros suspeitos de fraude. Esses equipamentos serão encaminhados para aferição e verificação de eventuais irregularidades.
Os envolvidos são investigados por inserção de dados falsos no sistema, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e furto.
*Sob supervisão do subeditor Fábio Corrêa