Jornal Estado de Minas

PARQUE E MORADIAS POPULARES

BH: Aeroporto Carlos Prates passa por vistoria nesta sexta-feira (2/5)

Na reta final de desocupação do Aeroporto Carlos Prates, na Região Noroeste de Belo Horizonte, uma equipe de peritos da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) realizou uma visita técnica no terreno, nesta sexta-feira (2/5), para analisar as estruturas do aeródromo.



A visita acontece poucos dias antes da entrega oficial do projeto da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para o antigo modal, marcada para segunda-feira (5/6), em Brasília. O plano do município prevê a construção de moradias populares e equipamentos públicos nas áreas de educação, saúde e lazer.

"Hoje (a vistoria) foi para fazer um ponto de controle sobre a situação atual da desocupação do aeroporto. Até mesmo para os técnicos da União verem que a desocupação já está acontecendo e em passo bem adiantado", disse Lídia Vasconcelos, assessora especial da secretaria de governo da prefeitura em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (2/6).

Segundo ela, os representantes da União chegaram a indicar intervenções necessárias no espaço, mas a visita ainda é uma etapa preliminar, e uma nova vistoria será marcada após a reunião em Brasília. "Eles apontaram algumas questões que seriam possíveis de manter, como estruturas de hangares que são de alvenaria e que não faz sentido desmanchar", detalhou.



O executivo municipal aposta no encontro com o secretário de Gestão do Patrimônio da União, Lúcio de Andrade, na próxima segunda-feira (5/6), para dar andamento ao projeto e diz que a população também será ouvida. "Estamos muito otimistas. Esse foi um projeto construído a várias mãos, que ouviu a comunidade e que tem uma finalidade social muito grande", disse.

Prazo para desocupação


Aeronaves passam por manutenção antes de serem retiradas do Aeroporto Carlos Prates, em BH (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)


Após dois meses do encerramento das operações no Aeroporto Carlos Prates, algumas aeronaves ainda passam por manutenção antes de serem retiradas do local. O prazo para desocupação do espaço encerra no fim de julho.

Na corrida para liberar as últimas aeronaves que ainda estão no local, Sérgio Carneiro Corrêa, da Bergs Aviation, lamenta a decisão de fechamento do aeroporto e reclama do descaso com os profissionais do aeroporto. Segundo ele, duas aeronaves decolam na próxima semana com destino à Pampulha e à Serra do Cipó, e uma terceira, que está desmontada, segue de caminhão para um hangar na Serra do Cipó.

"E quem não tem essa facilidade como faz. Temos muitas empresas pequenas aqui que a saída foi vender o avião por causa da logística que envolve manter esses aviões longe", afirma.

Ele também prevê impactos negativos para o município. "É uma decisão tomada abruptamente, irreal, não levando em conta até as necessidades dos municípios. Os aviões de combate à incêndio atuavam aqui. Uma logística que não se encaixa em outro local. Quem diz o contrário não entende nada de aviação", disse.