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Estado de Minas MINAS GERAIS

Organização que deu golpe de R$ 100 milhões com caminhões falsos é presa

Grupo criava caminhões com documentos falsos de veículos que ainda estavam em montadoras, captavam laranjas e adquiriam crédito com instituições financeiras


02/06/2023 15:33 - atualizado 02/06/2023 16:33
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carros e caminhão
Cinco envolvidos no esquema de fraudes em documentos de caminhões foram presos pela polícia (foto: Divulgação/ PCMG)
Cinco pessoas de uma organização criminosa foram presas pela Polícia Civil de Minas Gerais acusadas de integrar um esquema de fraude envolvendo transferência de veículos falsos, dando golpe em agências bancárias e montadoras de carros. O grupo, que conseguiu cerca de R$ 100 milhões, foi preso na terça-feira (30/5). 

A operação Ghost Truck prendeu três pessoas em BH e outras duas em Engenheiro Navarro, no Norte de Minas. Entre os alvos, está o líder da organização, sua esposa e uma ex-gerente de banco, que teria trabalhado para facilitar as fraudes, tendo sido demitida após o início das investigações.

As investigações começaram há um ano e meio e, segundo o delegado Leandro Macedo, da 5ª Delegacia Especializada em Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores (DEIFRVA), o esquema era complexo e bem dividido. "Tinha o núcleo de liderança, que coordenava todas as operações e criava a documentação falsa dos caminhões." 

Outro 'setor' era responsável por cooptar os laranjas e, partir disso, “o núcleo contábil adulterava a documentação das empresas criadas, inclusive falseando seu capital, e os caminhões, que não existiam, eram transferidos para essas empresas. Então, o núcleo bancário operava, facilitando a obtenção do crédito, gerando enorme prejuízo aos bancos", explicou o delegado.

Ainda conforme a PCMG, os suspeitos criavam caminhões a partir de documentações forjadas com base em veículos que ainda estavam em montadoras, captavam laranjas para formação de empresas fantasmas e, ao falsificar o capital dessas empresas, adquiriam crédito com instituições financeiras apresentando os supostos veículos como garantia de financiamento. 
Em seguida, o dinheiro então ocultado por esquemas de lavagem de dinheiro, com compra de imóveis ou de veículos legítimos. Ao todo, 22 laranjas foram identificados e 40 empresas fantasmas descobertas. Os laranjas são, em sua maioria, pessoas muito humildes e analfabetas, que moram no Norte do estado. 

Além das prisões, foram apreendidos 14 veículos, uma moto aquática e outros 218 carros foram impedidos de serem utilizados pelos investigados. 


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