(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas EXECUÇÃO A TIROS

Policial militar mata motorista de ônibus e se entrega à polícia

Segundo registro da PM, o próprio militar acionou a polícia por telefone afirmando que 'havia acabado de matar um homem'; crime aconteceu em Brumadinho


16/06/2023 07:00 - atualizado 16/06/2023 19:24
432

Em depoimento, o policial alegou que vinha sofrendo ameaças e perseguição por parte da vítima
Em depoimento, o policial alegou que vinha sofrendo ameaças e perseguição por parte da vítima (foto: Jornal Folha de Brumadinho/Reprodução)
Um policial militar de 36 anos foi preso em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na tarde dessa quinta-feira (15/6), após matar a tiros um motorista de ônibus do transporte coletivo urbano, de 41. 
 
Segundo o registro da ocorrência, o próprio militar acionou a polícia por telefone afirmando que “havia acabado de matar um homem” no bairro Bela Vista e estava na delegacia da Polícia Civil na cidade para se entregar. 
 
Em depoimento, o policial contou que vinha sofrendo ameaças e perseguição por parte da vítima. Ele disse ainda que resolveu ir até o ponto de mototáxi, onde solicitou um veículo para seguir o ônibus. Em determinado momento, o PM pediu ao mototaxista para parar, quando iniciou os disparos.  
O policial disse que, em seguida, entrou em um carro parado nas proximidades, já com as portas abertas e a chave na ignição, e se deslocou à delegacia para confessar o assassinato. 

A PM apurou que o automóvel utilizado pelo policial pertence a outro homem que trabalhava na região. O veículo foi encontrado perto da rodoviária de Brumadinho e entregue ao proprietário. 
 
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o policial disse que não falaria mais nada sobre a dinâmica dos fatos, usando, portanto, o direito constitucional de permanecer em silêncio. A polícia apreendeu um revólver calibre 38 com cinco munições deflagradas e outras seis intactas. 
 
Posteriormente, uma mulher de 60 anos compareceu à delegacia, onde se identificou como sogra do policial preso, relatando que ele vinha sofrendo ameaças de morte do motorista, que seria ex-genro dela. 

Segundo a sogra, há aproximadamente 15 dias, a casa da filha dela e do genro estava sendo “visitada” diariamente, principalmente à noite, por motoqueiros, que estariam intimidando a família. 
 
Na ocorrência também consta o relato de uma mulher de 56 anos, qualificada como testemunha, que, por telefone, reforçou as supostas ameaças em curso. Segundo ela, a vítima não aceitava o fim do relacionamento com a atual mulher do policial. 
 
O óbito do motorista do coletivo foi constatado no local pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Após o trabalho pericial preliminar da Polícia Civil, o corpo foi liberado e encaminhado ao Instituto Médico-Legal em Betim. 

Nota da Polícia Militar 

Em nota, a Polícia Militar pontuou que o caso se trata de um "crime comum" e não militar, pois a ocorrência foi registrada quando o policial estava de folga. Leia na íntegra: 

"A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) informa que a ocorrência envolve policial da ativa, de folga e em trajes civis, o que caracteriza crime comum e não crime militar, estando as investigações a cargo da Polícia Civil. O policial, que portava arma particular, se entregou à PC. A PMMG esclarece, ainda, que acompanha o caso e que as medidas administrativas cabíveis serão adotadas pela instituição."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)