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Estado de Minas ZONA DA MATA

MG: ex-servidor público condenado por manter laboratório de drogas é preso

Sentenciado a 13 anos de prisão, engenheiro agrônomo estava foragido da Justiça e mantinha 'ambiente altamente estruturado' para preparo de entorpecentes


16/06/2023 22:20 - atualizado 16/06/2023 22:23
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Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata apreendeu 200 pés de maconha, em outubro de 2020, em endereço ligado ao engenheiro
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata apreendeu 200 pés de maconha, em outubro de 2020, em endereço ligado ao engenheiro (foto: MPMG/Divulgação)
Um engenheiro agrônomo e ex-servidor da Superintendência Regional do Meio Ambiente (Supram) na Zona da Mata foi preso nesta sexta-feira (16/6), em Cataguases, após ser condenado em fevereiro deste ano a 13 anos de prisão pela Justiça do município de Ubá. Ele foi apontado como dono de um complexo e estruturado laboratório para produção de drogas e estava foragido desde outubro de 2020, quando teve a prisão preventiva decretada. A prisão foi feita por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com apoio da Polícia Militar. 

Conforme explica o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata apreendeu, em 29 de outubro de 2020, durante a segunda fase da operação Nematoide, 200 pés de maconha em um imóvel alugado pelo engenheiro na zona rural de Ubá. No local funcionava “um sofisticado centro de armazenamento, cultivo e produção da droga”, explica o MP. 

 
“Averiguou-se ainda que o servidor da Supram possuía, em grande escala, sofisticados maquinários, aparelhos, instrumentos e objetos destinados à fabricação, preparação, produção e transformação de drogas, num contexto ‘profissional’, constituindo-se verdadeiro laboratório voltado ao tráfico permanente de substâncias entorpecentes”, explica o Ministério Público mineiro.
 
Na ocasião, a equipe policial encontrou um ambiente altamente estruturado, com aparelhos de ar-condicionado, esquema de irrigação e de iluminação para as plantas proibidas. “Tais equipamentos encontravam-se em funcionamento mesmo com o imóvel vazio, claramente visando ao perfeito ambiente para a produção em larga escala de cannabis sativa”, completa o MP.
 

Engenheiro foi afastado do cargo em 2018

 
Em fevereiro, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) havia informado que o engenheiro agrônomo está afastado do cargo de gestor ambiental da Supram Zona da Mata desde 2018.
 
Conforme a Semad, o profissional também responde a processo administrativo disciplinar na Controladoria-Geral do Estado (CGE). Em relação à condenação, a Secretaria pontua que se trata de um crime praticado por um cidadão – fato que não está relacionado “com a instituição pública em que atuou”. 
 
“A Semad reitera que não compactua com desvios de conduta que ferem os princípios da legalidade e ética e a idoneidade da instituição. A Secretaria, por meio da Supram Zona da Mata, contribuiu com todas as informações e ações solicitadas pelo Ministério Público nas investigações durante a Operação Nematoide”, disse a pasta.


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