O médico-legista da Polícia Civil Fernando Vieira Marques, de 44 anos, foi encontrado morto dentro de sua casa em Araxá, na região do Alto Paranaíba, nesse domingo (18). É o segundo caso de suícidio de um agente da instituição nos últimos dez dias.
Fernando trabalhava no Instituto Médico-Legal (IML) da cidade. Em nota assinada pela chefe da instituição, Letícia Gamboge, a Polícia Civil lamentou o ocorrido. “A PCMG se solidariza com os familiares, amigos e colegas do policial civil, bem como conta com a sensibilidade de todos neste momento de luto e de extrema consternação”, disse.
Segundo caso em dez dias
Esse é o segundo caso de suicídio envolvendo um policial civil em Minas nos últimos dez dias. Rafaela Drumond, de 32 anos, foi vítima de suicídio. Na sexta-feira (9), ela estava na casa dos pais, em Campo das Vertentes, na região do Campo das Vertentes, quando tirou a própria vida.
A escrivã trabalhava em uma delegacia em Carandaí. Nos últimos meses, Rafaela teve mudanças em sua personalidade, passando a ficar mais retraída e calada. O fato chegou a incomodar os pais que, após uma conversa com ela, foram informados de que ela estava estudando para um concurso de Delegada da instituição.
Semanas atrás, Rafaela chegou a denunciar casos de assédio moral e sexual dentro da delegacia em que era lotada. Imagens e áudios que circulam nas redes sociais mostram relatos da policial que, em alguns deles, detalha os assédios que sofria. Ela também reclamava das escalas de trabalho e da falta de folgas.
“Ele ficava dando em cima de mim. Teve um povo que foi beber depois da delegacia, pessoal tinha mania disso de fazer uma carne. Ele começou a falar na minha cabeça, e eu ficava com cara de deboche, não respondia esse grosso. De repente ele falava que polícia não é lugar de mulher. No fim das contas, ele me chamou de piranha”, disse ela em um dos áudios.
A Polícia Civil investiga os dois casos.