Os profissionais da polícia penal de Minas Gerais decidiram nesta segunda-feira (19/6) continuarem trabalhando dentro da estrita legalidade. A redução das atividades acontece desde o dia 7 de junho, quando a categoria decidiu reivindicar pelo pagamento das perdas inflacionárias salarial, calculada em 35%.
Ao atuarem na estrita legalidade, os profissionais passam a operar de acordo com as condições fornecidas pelo Governo de Minas. Wladimir Dantas, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais, explica que, até que o Estado dê uma resposta às demandas, os servidores vão trabalhar apenas conforme com o que está previsto na lei.
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Dantas explica que a situação nas unidades prisionais mineiras é precária. Mesmo com a superlotação das penitenciárias, o déficit de efetivo ultrapassa 7 mil profissionais, o mesmo valor desde as manifestações de 2022.
"Nós não tivemos nenhuma melhora desde as ultimas manifestações. Nós não precisamos só de eleogios verbais, nós precisamos de ganhos financeiros e de condições de trabalho. Nosso déficit de salário está gigantesco. Hoje as nossas perdas inflacionárias estão em 35% quase 40%", desabafa.
Sem resposta
Há mais de um ano, os profissionais de toda a segurança pública cobram do Estado um posicionamento e mais diálogos com os servidores. “Novamente, o governo não coloca nenhum percentual, não dá nenhum posicionamento. Ele se esquiva da conversa com os representantes. Queremos que o governo sente com a gente para conversar e considere essas perdas inflacionárias, que são de quase R$ 2 mil, do nosso salário”, diz o vice-presidente do Sindpen.
Nesta terça-feira (20/6), representantes da categoria estarão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde acontece mais um dia de prestação de contas do poder executivo ao legislativo. O Estado de Minas procurou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, mas até a publicação da matéria não obteve retorno.