Jornal Estado de Minas

MISTÉRIO

Filha de mulher assassinada em salão na Grande BH continua desaparecida

A menina de 8 anos, filha de uma mulher sequestrada e assassinada na última quarta-feira (21/6), em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ainda está desaparecida. Cinco dias depois do sumiço, ainda não há informação sobre o paradeiro de Evelyn Jasmim Machado Acacio. Ela estava com a mãe, Katlyn Oliveira, de 32 anos, em um salão de beleza no Bairro General Carneiro, quando sofreram uma emboscada.





O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. De acordo com a corporação, quem tiver informações sobre a possível localização da criança, basta ligar no 0800 2828 197. O sigilo e anonimato são garantidos. 

Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que Katlyn é vista correndo no meio da rua. Ela é interceptada por um carro e, em seguida, disparos são feitos em sua direção. O corpo da mãe de Evelyn foi encontrado caído no meio de uma rua no Bairro Nações Unidas, também em Sabará. 

Embora a motivação do sequestro e assassinato ainda não tenha sido informada pela Polícia Civil, publicações feitas por Katlyn no ano passado apontam que o crime pode ter sido motivado por desavenças da vítima com o ex-marido, que atualmente está preso. 





Nas postagens, Katlin relata que teve uma separação conturbada e acusa o ex-companheiro de ter matado seu namorado em 2022. “Pergunto todos os dias a Deus, por que? Por que permitiu esses covardes, que são acostumados a fazer covardia com os outros? Como Deus deixou eles tocarem na sua vida, um menino tão “pureza” que não tinha coragem de fazer mal a ninguém? Muito pelo contrário, só ajuda. Prova disso, que foi morto ao sair de casa para ajudar a um falso amigo. Deus, por que? Têm coisas que aqui na Terra a gente nunca vai conseguir entender”, escreveu.

A mulher ainda relata que estava sendo pressionada por amigos do ex, por ter se envolvido com outra pessoa depois do término. Em outra publicação, Katlin mostrou prints da conversa com o pai de Evelyn, em que o homem a “autoriza” a se relacionar com outras pessoas. “Ele sempre deixou claro que eu tinha o direito de viver a minha vida. Ele dizia que tinha ciência que ele deu ‘mole’ comigo e tudo que ele tinha feito: as traições com mulheres da rua, com ex dele, com minhas falsas amigas, parentes, e etc.”

Mais morte 

Ana Raquel de Brito, de 32 anos, proprietária do salão de beleza em que mãe e filha estavam quando foram sequestradas, também foi morta pelos suspeitos. Seu corpo foi encontrado na noite de quinta-feira (22/6), dentro de um Chevrolet Onix Plus, que estava abandonado na BR-040, próximo ao Bairro Morada Nova, em Contagem, na Grande BH. 




Durante o registro da ocorrência, o advogado da dona do carro compareceu ao local informando que a mulher teve o veículo roubado e que ela o localizou através do rastreador no Bairro Padre Eustáquio, em Belo Horizonte. 

No sábado (24/6), durante o enterro, o irmão da vítima, Maxwell Brito, lamentou muito o crime e pediu respostas. "No momento eu só quero saber das autoridades o que está acontecendo, se sabem quem são os autores, se já conseguiriam os pegar e onde está a menina que também sumiu. Só desejamos justiça", afirma. 

Para o tio da cabeleireira, Ozires Cordeiros, também fica a revolta. "Ela não tinha envolvimento nenhum. Foi atingida por ver o crime, era só uma comerciante. Isso é uma tragédia", diz.