Aluno de Medicina da UFMG e eleito um dos pesquisadores mais influentes do mundo em 2019, Louison Mbombo anunciou, nessa quarta-feira (28/6), a candidatura dele à presidência do Congo, onde nasceu. O jovem também concorre ao cargo de deputado nacional de Lukunga, estado congolês onde reside.
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Troca de tiros termina com dois homens presos por mineração ilegalPorteiro de UPA é preso por importunação sexual contra Guarda MunicipalPBH publica regras de leilão do Zoológico, com lance mínimo de R$ 720 milGuarda Municipal distribui antenas de proteção contra linha de cerolAcidente quebra a perna de motociclista e complica trânsito no AnelMbombo afirmou que, se eleito, vai valorizar as lutas do povo congolês e fazer uma exploração sustentável dos recursos inexplorados do país. “Se o seu voto for confiado, prometo servir com integridade inabalável, transparência e compromisso com o bem-estar de cada cidadão congolês”, prometeu.
Outro compromisso que ele assumiu é o combate à corrupção, ressaltando como o problema prejudicou o crescimento do país, especialmente dos mais pobres. “Colocarei fortes medidas anticorrupção, fortalecerei os mecanismos de responsabilidade e promoverei uma cultura de transparência e governança ética. Juntos, vamos erradicar esse câncer que assola nossa sociedade e restaurar a confiança em nossas instituições democráticas”, pontuou.
Definindo-se como um “apaixonado defensor da mudança”, Mbombo promete fazer o Congo “embarcar em uma jornada de progresso, unidade e prosperidade”. Desde sua independência, em 1960, o país vive uma série de momentos conturbados politicamente, também existem confrontos diretos por território e profundas crises econômicas.
Quem é Louison Mbombo
Por causa da instabilidade política, Louison Mbombo se mudou para o Brasil em 2013. Em sua estadia no Brasil, Mbombo criou a ONG Solidariedade na Mokili, voltada para o combate à malária e melhoria de condição de vida para os congoleses.
Dois anos depois, ele ingressou no curso de medicina na UFMG, seguindo os passos do pai, que era dono de um hospital no Congo. Neste ano, Mbombo já integrava a lista da União Europeia dos 15 jovens líderes mais influentes do mundo. “Desde criança, sempre tive uma visão de mudar o mundo para melhorar. Já nasci com isso, com essa vontade de mudar o mundo. Não ficava confortável de ver tudo que está acontecendo, como problemas relacionados à desigualdade e às mudanças climáticas. Então, decidi tomar uma iniciativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas e abri a ONG no intuito de salvar vidas”, contou o jovem, em entrevista ao Estado de Minas em junho de 2019.
Em 2019, ele recebeu o prêmio de Melhor Inovação Humanitária 2019 da The Dutch Coalition for Humanitarian Innovation (DCHI), por conta dos trabalhos em busca da erradicação da malária em seu país de origem. Em sua pesquisa, o africano usa ferramentas de inteligência artificial da Microsoft e do Google. O estudante desenvolveu um software de análise e apresentação de dados sobre a doença no país, além de permitir prevenção de surtos e elaboração de estratégias de intervenção. A doença afeta mais de 25 milhões de pessoas no Congo.
Apesar de a malária ser uma doença tratável e que pode ser evitada, ela ainda é um desafio para o país. “As crianças são as mais atingidas pela doença. Na África, a cada dois minutos uma criança morre. A gente não pode aceitar morte por uma doença que é tratável e evitável”, disse.