Márcia Viana, de 61 anos, é mãe e avó, e sua filha foi morar na Espanha há 15 anos. Desde então mãe e filha não se veem. Márcia também não conseguiu conhecer o neto. O que impede o encontro é um problema junto a companhia aérea. Há três anos Márcia tenta remarcar o seu voo para a Europa, que foi adiado duas vezes devido à pandemia, e não consegue. Desde que a sua filha foi morar longe, a mãe junta dinheiro para visitá-la.
Em 2021, Márcia adiou mais uma vez a tão esperada viagem, porque estava em tratamento e, por conta disso, não poderia deixar o país. Ao remarcar a viagem, ela apresentou à Latam os laudos médicos e demais documentos que atestavam que ela deveria permanecer no Brasil. Depois, em 2022, o dilema para conseguir concretizar a viagem se tornou maior.
Até agora, Márcia conta que já tem mais de 80 protocolos de ligações registrados, além de tentar resolver o impasse por e-mails, que não são respondidos pela empresa aérea. Quando foi presencialmente remarcar o seu voo, o atendente entregou um documento com quatro páginas impressas que, de acordo com ele, era a passagem de avião.
"Todo dia eu ligo. Hoje eu liguei às 14h05 e desligaram 16h05. Ontem eu fiquei três horas e quarenta minutos tentando resolver e não consegui", conta Márcia, aflita.
"Todo dia eu ligo. Hoje eu liguei às 14h05 e desligaram 16h05. Ontem eu fiquei três horas e quarenta minutos tentando resolver e não consegui", conta Márcia, aflita.
Quando Márcia conferiu, tratava-se de um documento dizendo que o prazo para remarcar a passagem expiraria no próximo dia 10 de julho. Ela não conseguiu esclarecer, em contato com a Latam, o que acontecerá depois do prazo dado pela companhia aérea, e não sabe se terá que voltar a remarcar ou perderá as economias de 15 anos investidas na compra da passagem.
A redação do Estado de Minas tentou contato com a Latam, mas não obteve resposta.