Um dos principais cartões postais de Belo Horizonte, o Palácio da Liberdade, na Região Centro-Sul, será restaurado, após quase duas décadas sem esse tipo de intervenção. Durante as obras, que devem durar cerca de 18 meses, o espaço permanecerá aberto ao público que poderá acompanhar de perto o processo de restauração por meio de visitas guiadas.
Os investimentos, com recursos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), chegam a casa dos R$10 milhões. Estão previstos reparos no telhado, ponto mais urgente das intervenções, interior e laterais do prédio, mobiliário, jardins, iluminação, entre outros. “Nunca houve no Palácio uma restauração que valorizasse sua arquitetura marcante para a cultura mineira”, disse o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.
“Há goteiras, temos problemas no telhado, em algumas pontos pinturas estão descascadas. Temos problemas de toda ordem no Palácio”, completa Leônidas. A última restauração no prédio ocorreu em 2006 para solucionar problemas com infiltrações que prejudicavam o acervo artístico e histórico do patrimônio, tombado em 1975.
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Usado como sede do Governo Estadual até 2010, o Palácio da Liberdade foi inaugurado no final do século 19, e vai completar 125 anos desde sua abertura, em 1898. Outro alvo das intervenções serão os jardins, cuja ideia é recuperar a composição original do local que possui uma tenda de eventos há mais de 20 anos.
A própria restauração poderá ser acompanhada pelo público, por meio de visita ao "Ateliê de Restauração Aberto do Palácio da Liberdade". O projeto tem o objetivo de “garantir que todos possam conhecer sobre os processos de recuperação dos bens públicos, especialmente da importância do Palácio da Liberdade”.