Moradores do distrito de Barra Feliz, em Santa Bárbara, na Região Central de Minas, ficaram assustados com o sinal sonoro de sirenes acionados na manhã desta terça-feira (11/7), na barragem CDS II, da mineradora AngloGold Ashanti, no distrito de Barra Feliz, em Santa Bárbara, Região Central de Minas. A empresa, por sua vez, afirma que o alerta, tocado acidentalmente por poucos segundos, se trata de um "som musical preparatório de testes", não um "alarme".
O Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), em nota, disse que essa seria a "quinta vez que a sirene é acionada de maneira equivocada na região, levando insegurança, medo e problemas na saúde mental das pessoas". O histórico apontado pelo MAM leva, segundo a entidade, à desconfiança da segurança. "As comunidades não confiam na empresa e não se sentem seguras", afirmou o movimento, em nota.
Na semana passada, a barragem CDSII foi categorizada no nível 1 de emergência no Plano de Segurança de Barragens, gerido pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A categoria abrange estruturas que apresentam comprometimento potencial de segurança e onde há a necessidade urgente de obras de reforço.
A AngloGold Ashanti, em nota, assumiu que um som acidental foi emitido pela barragem, no entanto, sem gravação indicando teste anteriormente. Segue a nota, na íntegra:
"A AngloGold Ashanti reforça que a barragem CDS II segue segura e estável. Na última segunda-feira (10/07), a empresa realizou teste de rotina do sistema de comunicação de emergência da barragem de CDS II. Nesta terça-feira (11/07), durante a manutenção programada de uma das torres, localizada na comunidade de Barra Feliz, em Santa Bárbara (MG), o som musical preparatório de testes foi emitido por poucos segundos. A empresa esclarece que não houve emissão de sirene ou de mensagem de voz. A Defesa Civil Municipal foi preventivamente comunicada do ocorrido. A AngloGold Ashanti está sempre à disposição da comunidade por meio do seu Canal de Relacionamento, 24 horas por dia: 0800 72 71 500."
*Estagiário sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa