Jornal Estado de Minas

FEMINICíDIO

Amor e morte na entrada de São Joaquim de Bicas

Uma história de amor e dedicação terminou em tragédia em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (12/7), quando um veículo de aplicativo foi metralhado na entrada da cidade. Tailane Lopes de Jesus, de 28 anos, morreu e o motorista Felipe da Silva, de 30, ficou gravemente ferido. Davi Henrique Dias, de 26, companheiro de Tailane, foi atingido por um dos disparos, sem gravidade. 






A Polícia Militar acredita que Davi, um detento em regime semiaberto, seria o alvo dos disparos. Todas as manhãs, Tailany pegava o mesmo motorista, que a levava até o presídio, onde buscava o companheiro. Ele trabalha durante o dia e passa as noites na Penitenciária Professor Jason Soares de Albergaria.

 

Cumpriram, exatamente, o mesmo ritual. O carro parou em frente ao portão do presídio, Davi saiu e entrou no carro. Quando se aproximavam da entrada da cidade, quatro homens que estavam em outro carro armados com pistolas se aproximaram e começaram a atirar.  Segundo a perícia, mais de 40 tiros atingiram o carro de aplicativo.

 

Ao perceber os primeiros tiros, o detento, que estava no banco dianteiro, abriu a porta e saltou do carro. Fugiu correndo, mas acabou atingido. O motorista perdeu o controle da direção e também pulou do carro. Levou três tiros, nas pernas e costa. O veículo desceu por uma ribanceira, na área de uma fazenda.





 

Quando os policiais chegaram no veículo, viram a mulher morta, com vários tiros. O motorista foi encaminhado para o Hospital São Joaquim, e de lá, para o Hospital Regional de Betim, onde está em observação. Davi foi medicado na UPA local e recebeu alta.O caso é investigado pela Polícia Civil.

 

As suspeitas, segundo a Polícia Militar, são de que o ataque teria sido tramado por um traficante, Thiago Reis Barbosa, que estaria no carro que cercou o do motorista de aplicativo. 

 

A PM informa,ainda, que tanto Davi, como Thiago são traficantes e integrantes de gangues rivais, que estariam em disputa pelo controle do tráfico de drogas no Bairro Citrolândia, em Betim, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte.