A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) criou uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar irregularidades em contratos firmados para a limpeza do cartão postal da capital mineira. A medida foi anunciada na tarde desta quarta-feira (12/7), mesmo dia em que a primeira CPI decidiu não votar o relatório alternativo e encerrar os trabalhos sem um resultado.
Vereadores que fazem oposição ao prefeito Fuad Noman (PSD) e o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo (sem partido), se revoltaram com o imbróglio e rapidamente se mobilizaram para criar um novo requerimento de CPI. Os líderes de bancadas e blocos agora têm sete dias para indicar os novos membros da comissão.
“A recriação da comissão evidencia que o Poder Legislativo de Belo Horizonte não aceita as manobras da Prefeitura para que as investigações terminem em pizza. Quem preparou a pizza que a engula. A presidência não se dobra aos caprichos do prefeito Fuad Noman e do secretário Josué Valadão”, disse Azevedo em nota.
Na tarde de ontem (11/7), a primeira CPI rejeitou o relatório final por quatro votos a três. O documento pedia o indiciamento do secretário municipal de Governo, Josué Valadão, do diretor de Gestão de Águas Urbanas da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smobi), Ricardo Aroeira, do consórcio Pampulha Viva, das prefeituras de Belo Horizonte e Contagem, e outros envolvidos.
Já o texto alternativo que seria votado hoje, mas foi retirado de pauta, era de autoria da vereadora Flávia Borja (Progressistas). O Estado de Minas tentou entrar em contato com a parlamentar para questionar a razão pela qual ela retirou o relatório, mas não obteve retorno.