Jornal Estado de Minas

CASO DALLIENE

Vizinhos gravaram áudios com gritos de mineira que morreu em SP, diz mãe

A mãe de Dalliene de Cássia Brito Pereira, de 21 anos, supostamente assassinada no último dia 1º de julho, em um apartamento de São Paulo (SP), afirma que vizinhos do edifício onde a mineira de Uberaba morava gravaram áudios com gritos de socorro e ruídos do possível homicídio.



"No momento do crime vizinhos da minha filha gravaram áudios e repassaram para a polícia. Esses áudios captaram ela gritando por socorro e também 'me solta'. Além disso, eles contaram que escutaram sons de cama se arrastando", contou Valéria Alves Brito, mãe de Dalliene, ao Estado de Minas.
 
A morte de Dalliene ainda não tem resposta sobre um possível autor ou motivação. O caso está sendo investigado em sigilo pela Polícia Civil de São Paulo. De acordo com Valéria, as câmeras de segurança do edifício onde Dalliene morava não captaram ninguém entrando ou saindo do prédio durante a madrugada, nos momentos antes e depois do crime.
 
Segundo informações de registro policial, Dalliene foi localizada nua, com um travesseiro sobre o rosto, hematomas no pulso, braços abertos e deitada em sua cama, localizada no 9º andar de um prédio do bairro Santo Amaro, na capital paulista. 





Valéria também diz que o delegado responsável pelo caso informou recentemente a ela que os moradores do prédio ainda estão sendo ouvidos e que, até o momento, nenhum suspeito foi detido. "Não estão nos passando maiores informações para não atrapalhar as investigações. Só me disseram que é preciso esperar os resultados dos exames periciais e que eles estão se empenhando para solucionar o crime", conta ela.

A mãe de Dalliene afirma que a filha não tinha namorado e só pensava em estudar e trabalhar. "Ela cursava faculdade de Administração, já atuava na área e sonhava em morar fora do país e ser uma empresária bem sucedida", lembra.  

'Meu coração dói e pulsa de tristeza'

A avó materna da jovem, Ilma Alves Brito, também conversou com o Estado de Minas. Ela disse que não sabe o que é uma noite de descanso desde que a neta morreu. "Meu coração dói e pulsa de tristeza e de saber que ainda não foi feita a Justiça. Minha neta tinha toda uma vida pela frente", lamenta. 

Dona Ilma também questiona o fato de os vizinhos não terem chamado a Polícia na hora que escutaram os gritos de socorro da neta e os estranhos barulhos vindos do seu apartamento. "Os vizinhos demoraram 30 minutos depois que ouviram os barulhos para chamar a polícia", alega a avó de Dalliene.