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Estado de Minas PATRIMÔNIO

MPMG ajuiza ação para início imediato de obras na Capela das Mercês

Igreja que sobreviveu ao desastre de Mariana se encontra em mau estado de conservação


14/07/2023 16:27 - atualizado 14/07/2023 16:28
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Capela Nossa Senhora das Merces em Bento Rodrigues
Igreja apresenta fragilidade na estrutura, apodrecimento de peças de madeira, infiltrações, deterioração de forros e deformação de paredes (foto: MPMG / Divulgação)
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Mariana, ajuizou Ação Civil Pública com pedido de tutela de urgência para requerer que a Samarco Mineração S/A, a Vale S/A, a BHP Billiton do Brasil Ltda e a Fundação Renova iniciem, no prazo de três dias, as obras de manutenção e restauração da Capela das Mercês, localizada em Bento Rodrigues, na região Central do Estado.
 

De acordo com a petição inicial, as construtoras têm o prazo de três dias para darem início às obras que devem seguir o acordo com projeto aprovado e licenciado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Mariana (Compat) e pela Prefeitura de Mariana.

Na ação, o MPMG ressalta a necessidade de intervenção da Justiça, já que, mesmo depois de meses da aprovação e do licenciamento do projeto, a Fundação Renova “não apresenta sequer um cronograma de obras ou previsão para contratação de empresa para restauro da capela ou sequer uma data para início das obras”.

A condição da capela é precária, e obras urgentes são necessárias para evitar sua ruína. De acordo com uma vistoria técnica realizada durante o Inquérito Civil, o local apresenta fragilidade na sua estrutura, apodrecimento de peças de madeira, infiltrações, deterioração de forros, deformação de paredes e evolução de trinca no piso do altar.

O Ministério Público afirma que o estado de deterioração se deve ao rompimento da barragem de Fundão, sendo assim, o reparo é responsabilidade das causadoras do desastre que devem realizar o restauro do patrimônio tombado pelo município e pelo Estado. 
 

Na ação, ainda é requerido que a estrutura de apoio seja disponibilizada pelas mineradoras para que a comunidade a utilize durante as obras na realização de missas, celebrações e eventuais velórios. Além disso, o terreno da Capela de Nossa Senhora das Mercês deve receber limpeza, e a igreja deve receber manutenção periódica. 

Por fim, o MPMG também pede que “seja dado como definitivo o reconhecimento da responsabilidade objetiva das acusadas pelos danos causados à capela”.

* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata


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