Sabia que a maior avenida de Belo Horizonte está num cartão-postal internacional, enquanto a rua mais extensa da capital mineira poucos conhecem ou visitaram? Neste episódio do Sabia Não, Uai!, série especial sobre curiosidades e histórias de Minas Gerais, vamos te mostrar alguns fatos inusitados sobre a capital mineira.
Inspirada em Paris e Washington, Belo Horizonte foi arquitetada no fim do século 19 para ser uma capital planejada. Hoje, a capital de Minas Gerais tem mais de 12,3 mil ruas que, juntas, têm extensão semelhante a viajar até Manaus (AM).
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Maiores avenidas de Belo Horizonte
A tão conhecida Contorno, que torneia os bairros da Região Centro-Sul, é a terceira no ranking de extensão, com 11,86 quilômetros. A via só perde para a Avenida Teresa Cristina, que com 12,28km ocupa o segundo lugar, e a avenida que circula a Lagoa da Pampulha, Otacílio Negrão de Lima, que detém a maior extensão, com 18,54km.
Já a menor avenida de BH é a Brigadeiro Antônio Cabral, no Dona Clara, com apenas 42,42 metros. Ela é difícil de encontrar até com a ajuda do Google Maps e foi preciso digitar a latitude e a longitude de seu cadastro para encontrar o local exato, que fica perto do encontro da Avenida Cristiano Machado com a Avenida Sebastião de Brito.
Maiores e menores ruas de BH
Em relação às ruas, a menor é a São Pedro, no Horto, tem oficialmente só 9 metros de extensão, apesar de, na prática, ter um pouquinho mais. As mais estreitas de Belo Horizonte, as ruas Lira (Santa Lúcia) e Dionísio (Jardim Leblon) têm apenas 1,1 metro de largura, o que é bem menor do que muitos becos da capital mineira.
A Padre Argemiro Moreira, na Região Nordeste, próxima ao Rio das Velhas, é a mais comprida de BH, com 10,68km de extensão, maior até que algumas avenidas.
A segunda maior rua de BH é a Padre Pedro Pinto, na Região de Venda Nova. A rota, que tem 5,28 quilômetros de extensão, existe antes mesmo de BH ser fundada. E ela fazia parte do antigo caminho que os tropeiros realizavam quando a região era conhecida como Curral del Rei. Essa história a gente contou na segunda temporada do Sabia Não, Uai!.
A Padre Argemiro Moreira, na Região Nordeste, próxima ao Rio das Velhas, é a mais comprida de BH, com 10,68km de extensão, maior até que algumas avenidas.
A segunda maior rua de BH é a Padre Pedro Pinto, na Região de Venda Nova. A rota, que tem 5,28 quilômetros de extensão, existe antes mesmo de BH ser fundada. E ela fazia parte do antigo caminho que os tropeiros realizavam quando a região era conhecida como Curral del Rei. Essa história a gente contou na segunda temporada do Sabia Não, Uai!.
A origem dos nomes das ruas de BH
Quando instituída a nova capital, em 1897, a estrutura de BH foi considerada inovadora e positivista. Esse pensamento espalhou-se desde o nome das ruas até suas distribuições, pensadas para ajudar os moradores. E, apesar de ter sofrido algumas mudanças, Belo Horizonte mantém até hoje muito de sua essência.
"Os nomes dos logradouros foram escolhidos pela Comissão Construtora da Nova Capital (CCNC), em consonância com a lógica positivista que norteou a concepção, planejamento e construção de Belo Horizonte", explica o professor e especialista em geografia urbana Alessandro Borsagli. Por isso que os nomes, devidamente organizados, facilitavam uma melhor compreensão das vias traçadas.
O traçado de BH em números:
- Alamedas: 71
- Avenidas: 336
- Becos: 3.022
- Estradas: 18
- Praças: 974
- Rodovias: 7
- Ruas: 12.304
- Travessas: 332
- Trevos: 17
- Trincheiras: 16
- Túneis: 12
- Vias de pedestre: 469
- Viadutos: 125
As ruas que compõem o interior da Avenida do Contorno ganharam nomes de estados, cidades, etnias indígenas e rios. Cada uma respeitando um sentido específico no mapa. As vias que receberam nomes dos estados brasileiros se cruzam com os nomes das etnias indígenas. Segundo Borsagli, isso demonstra uma atenção com a cultura oriunda marcada em nossos costumes e uma tentativa de reparação.
"Pode ser entendido como a busca pelo entrelaçamento entre os estados, de fronteiras bem definidas e as tribos indígenas, verdadeiros donos do território brasileiro e sistematicamente dizimados ao longo de nossa história. Talvez a CCNC buscasse uma redenção perante às atrocidades cometidas nos períodos colonial e imperial", comenta o geólogo.
Sabia Não, Uai!
O Sabia Não, Uai! mostra de um jeito descontraído histórias e curiosidades relacionadas à cultura mineira. A produção conta com o apoio do vasto material disponível no arquivo de imagens do Estado de Minas, formado também por edições antigas do Diário da Tarde e da revista O Cruzeiro.
O Sabia Não, Uai! foi um dos projetos brasileiros selecionados para participar da segunda fase do programa Acelerando Negócios Digitais, do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ), programa apoiado pela Meta e desenvolvido em parceria com diversas associações de mídia (Abert, Aner, ANJ, Ajor, Abraji e ABMD) com o objetivo de atender às necessidades e desafios específicos de seus diferentes modelos de negócios.