Os relógios de luxo roubados de uma joalheria no BH Shopping em maio de 2022 podem ter sido adulterados e repassados para o exterior. É o que a aponta a investigação da Policia Civil sobre o crime ocorrido no shopping situado no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul da capital.
Duas pessoas ligadas ao crime foram presas nessa quinta-feira (20/7), mais de um ano após o roubo.
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A quadrilha era composta por 13 pessoas e dividida em duas partes: nove entraram no shopping para cometer o roubo, enquanto outras quatro atuavam no reforço e em outras partes do plano de roubo. “São integrantes da maior organização criminosa de SP. Existem indícios que foram remetidas quantias para que o crime seja praticado, porque para ter uma ação dessa existe um investimento financeiro muito alto para os roubos de carros”, relatou Gustavo.
Dos nove que invadiram a joalheria, quatro morreram em confronto com a Policia Militar de Goiás em novembro do ano passado. Três estão presos, e dois foram identificados recentemente.
O segundo núcleo do grupo é composto pela mulher e pelo homem presos nesta semana durante diligências. Além deles, o lider do grupo está preso. O quarto homem também foi identificado.
“Não era um receptador, mas um integrante. Ele financiava os roubos. Ele tem uma rede criminosa que o ajuda e envia para o exterior. Existem indícios de que (os relógios) podem ter sido enviados para o continente africano e americano. É feita uma adulterado do chassi e falsificam os documentos para que os relógios voltem”, explicou o delegado sobre o líder do grupo.
Roubo em Góias
Em novembro do ano passado, parte da quadrilha participou de um assalto a uma joalheria do Shopping Flamboyant, em Goiânia, no estado de Góias. O padrão seguido foi semelhante ao do assalto ao shopping mineiro: entraram na loja, renderam os funcionários e roubaram mais de 70 relógios de luxo, deixando um prejuízo superior a R$ 2 milhões.
Na fuga, o grupo escondeu em um sítio na região. Quatro homens foram mortos em confronto com a PM. Três deles participaram do roubo no BH Shopping
O assalto
Conforme a major Layla Brunella, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, enquanto quatro integrantes da suposta quadrilha roubaram a loja, outros três esperaram no estacionamento do shopping com dois veículos. Para garantir a fuga, eles renderam um segurança do centro comercial, que foi levado como refém.
Ainda no estacionamento, os suspeitos efetuaram dois disparos de arma de fogo contra um segundo segurança, que estaria na perseguição, mas ele não foi atingido.
O refém e os veículos – um Hyundai Creta e um Hyundai HB20, ambos fruto de roubo (com placas clonadas) – foram abandonados em uma rua próxima ao local do crime, onde houve tentativa de incendiá-los para eliminar provas.
A quadrilha foi resgatada por outros dois indivíduos em novos veículos, sendo que um deles seria um Chevrolet Onix vermelho.