Foi preso em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (21/7), o cirurgiao plastico Hudson Almeida, de 56 anos.
Ele é acusado de cometer abusos sexuais contra ao menos 11 mulheres durante atendimentos em seu consultório em Alfenas, no Sul de Minas. Ele foi encontrado escondido no apartamento de sua filha, em um bairro nobre da Zona Sul da capital paulista.
Ele é acusado de cometer abusos sexuais contra ao menos 11 mulheres durante atendimentos em seu consultório em Alfenas, no Sul de Minas. Ele foi encontrado escondido no apartamento de sua filha, em um bairro nobre da Zona Sul da capital paulista.
Ele estava foragido da Justiça desde 15 de abril, quando o inquérito da Policia Civil foi concluído e ele indiciado.
O medico foi preso pela Polícia Militar mineira em operação conjunta com a PM paulista. Os militares abordaram a filha de Hudson na porta do prédio. Ela autorizou a entrada dos agentes, que prenderam o cirurgião. Ele deixou a barba crescer para enganar os policiais
Ele segue em São Paulo até a finalização da ocorrência e deve ser transferido para Minas Gerais, onde vai ficar preso.
Ele segue em São Paulo até a finalização da ocorrência e deve ser transferido para Minas Gerais, onde vai ficar preso.
Relembre o caso
As investigações começaram em agosto de 2022, quando uma das vítimas procurou a polícia, relatando o abuso ocorrido durante consulta médica. A vítima foi encaminhada para uma unidade hospitalar para que fossem coletados vestígios e a realização de exames clínicos e ginecológicos, além de serem ministrados contraceptivos de emergência e profilaxias para doenças sexualmente transmissíveis.
No material coletado nos exames foram encontrados vestígios do DNA do médico no corpo da vítima, reforçando as suspeitas contra o investigado.
A partir desses resultados, que comprovaram os abusos, a delegada responsável pelo caso solicitou ao Poder Judiciário mandados de busca e apreensão na residência do investigado e também na clínica particular dele, que foram concedidos e cumpridos, sendo arrecadados elementos de prova para a conclusão das investigações.
Penas pelos crimes contra a liberdade sexual
A pena para quem comete o crime de estupro pode variar de seis a 10 anos de prisão. No entanto, se a agressão resultar em lesão corporal de natureza grave ou se a vítima tiver entre 14 e 17 anos, a pena vai de oito a 12 anos de reclusão. E, se o crime resultar em morte, a condenação salta para 12 a 30 anos de prisão.
A pena por violação sexual mediante fraude é de reclusão de dois a seis anos. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
No caso do crime de assédio sexual, a pena prevista na legislação brasileira é de detenção de um a dois anos.
Como denunciar violência contra mulheres?
Ligue 180 para ajudar vítimas de abusos.
O termo cultura do estupro tem sido usado desde os anos 1970 nos Estados Unidos, mas ganhou destaque no Brasil em 2016, após a repercussão de um estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro. Relativizar, silenciar ou culpar a vítima são comportamentos típicos da cultura do estupro. Entenda.
O que diz a lei sobre estupro no Brasil?
De acordo com o Código Penal Brasileiro, em seu artigo 213, na redação dada pela Lei 2.015, de 2009, estupro é ''constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.''
No artigo 215 consta a violação sexual mediante fraude. Isso significa ''ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima''
O que é assédio sexual?
O artigo 216-A do Código Penal Brasileiro diz o que é o assédio sexual: ''Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.''
Leia também: Cidade feminista: mulheres relatam violência imposta pelos espaços urbanos
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O que é estupro contra vulnerável?
O crime de estupro contra vulnerável está previsto no artigo 217-A. O texto veda a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos, sob pena de reclusão de 8 a 15 anos.
No parágrafo 1º do mesmo artigo, a condição de vulnerável é entendida para as pessoas que não tem o necessário discernimento para a prática do ato, devido a enfermidade ou deficiência mental, ou que por algum motivo não possam se defender.
Penas pelos crimes contra a liberdade sexual
A pena para quem comete o crime de estupro pode variar de seis a 10 anos de prisão. No entanto, se a agressão resultar em lesão corporal de natureza grave ou se a vítima tiver entre 14 e 17 anos, a pena vai de oito a 12 anos de reclusão. E, se o crime resultar em morte, a condenação salta para 12 a 30 anos de prisão.
A pena por violação sexual mediante fraude é de reclusão de dois a seis anos. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
No caso do crime de assédio sexual, a pena prevista na legislação brasileira é de detenção de um a dois anos.
O que é a cultura do estupro?
Como denunciar violência contra mulheres?
- Ligue 180 para ajudar vítimas de abusos.
- Em casos de emergência, ligue 190.