O Hospital Governador Israel Pinheiro, do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), situado na Alameda Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, teria fechado 25 leitos em decorrência da falta de mão de obra na unidade, informou nesta quinta-feira (27/7) o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público no Estado de Minas Gerais (Sindpúblicos-MG). A assessoria da unidade, no entanto, não confirma esse quantitativo, mas alega que 17 leitos serão desmobilizados temporariamente a partir desta sexta-feira (28/7).
Ao Estado de Minas, o diretor político do Sindpúblicos-MG, Geraldo Henrique, disse que recebe “com frequência denúncias de mau atendimento no hospital”. “Vários usuários, principalmente os mais velhos, os aposentados, agendam cirurgia no hospital e não conseguem realizá-las, principalmente as eletivas. A alegação é de que não há médico para fazer ou a falta do anestesista. É uma série de denúncias. Estamos passando por uma fase difícil no Hospital Governador Israel Pinheiro”, explicou.
Ainda conforme o diretor do sindicato, exames clínicos e laboratoriais foram interrompidos. “A gente chegava lá entre 5h e 6h e realizava diversos exames, como de urina, fezes e sangue. O laboratório está fechado há dois anos para atendimentos externos. Agora, só quem está internado consegue fazer exames”, completou
Questionada pela reportagem, a assessoria do Ipsemg não deu detalhes sobre a desmobilização nem explicou o motivo da redução de vagas, mas destacou que “segue atuando para retomar tais leitos o mais breve possível”. O instituto também não esclareceu se os leitos fechados são adultos ou pediátricos.
Em relação à mão de obra, o Ipsemg informou que “neste ano foi realizado o concurso público para o ingresso de 280 novos profissionais para área assistencial, os quais em breve serão admitidos”.
“O instituto possui uma rede credenciada de serviços de assistência à saúde que amplia a cobertura do plano, especialmente em serviços de urgência e emergência”, finalizou a assessoria do instituto.