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Estado de Minas CRIMINALIDADE EM BH

Comerciantes próximos da Rodoviária pedem segurança em abaixo-assinado

Nos últimos dias, lojas do Centro de Belo Horizonte foram alvos de arrombamentos e criminosos levaram dinheiro e produtos


28/07/2023 17:38 - atualizado 28/07/2023 18:22
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pirulito da Praça Sete
Os casos recorrentes de criminalidades no Centro de BH vêm assustando comerciantes (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Nesta semana, o Centro de Belo Horizonte foi alvo de discussão da Polícia Militar (PMMG) e da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) sobre melhorias do sistema de segurança pública da região, onde comerciantes do entorno da rodoviária, que sofrem com constantes casos de arrombamentos e furtos, fizeram um abaixo-assinado para pedir mais segurança na região.

A reunião aconteceu nessa quinta (27/7) e estavam presentes membros da ACMinas e comandantes da PMMG, que propuseram a criação de um conselho de segurança pública para a capital mineira. 

Segundo o vice-presidente da ACMinas, Ricardo Mascarenhas, a proposta é benéfica tanto para as associações quanto para a Polícia Militar.

“Podemos fazer essa interface com o poder público e convidar os parlamentares para apresentarem explicações sobre esses projetos de lei que estão travados no Congresso e na Assembleia. A criação de leis eficazes pode contribuir para a melhoria do nosso sistema de segurança”, ressalta.

Violência no Centro de BH

Nos últimos dias, dois estabelecimentos foram invadidos e furtados, e outros três tiveram a porta de ferro retrátil danificada em uma tentativa de arrombamento na região da Savassi. Os donos reclamaram que, mesmo redobrando os cuidados com a segurança, isso não impediu os criminosos de arrombar e furtar as lojas durante a madrugada. 

Descendo a Avenida Afonso Pena, sentido rodoviária, a reclamação é a mesma. É o que diz o dono de um estacionamento e outras lojas que aluga próximo à rodoviária, que não quis se identificar por medo de represálias.

“Tudo abaixo vem degradando a região, apesar de ser uma região nobre devido ao número altíssimo de pessoas. A sensação de insegurança é extrema: furtos; venda constante de objetos vindos de doação, roupas e sapatos pelos ambulantes; cheiro de maconha; ratos em plena luz do dia, que são alimentados pelo resto das marmitas doadas aos moradores de rua; presença ostensiva de moradores de rua; barracas e outros objetos em frente às lojas vazias atrapalhando o comércio”, termina.

Um homem, que também não quis se identificar, contou que trabalha em uma loja de roupas, ao lado da rodoviária, e disse que furtos acontecem três vezes por semana normalmente, e que o alvo preferido são os clientes, em vez dos estabelecimentos.  

Pedido de ajuda

pessoas acessando a rampa que dá na rodoviária
Comerciantes da rodoviária fizeram abaixo assinado pedindo ajuda (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 

Flávio Fróes, presidente da Associação de Comerciantes do Hipercentro de Belo Horizonte (ACHBH), conta que ao todo, 27 donos de lojas dos arredores da Praça da Rodoviária fizeram um abaixo-assinado, pedindo ajuda aos órgãos competentes em relação à segurança local.

O presidente conta que foram primeiro na PM e depois à Prefeitura, onde se reuniram com representantes de vários órgãos, com a limpeza urbana e segurança pública. “Ali na Praça Rodoviária a degradação é tão grande que não adianta só a Polícia me ajudar, porque não vai resolver o problema. Há vários outros ali: o excesso de moradores de rua, sujeira, iluminação ruim e crimes”, aponta.

Problema que PM enfrenta

carro da pm ao lado do pirulito da praça sete
Polícia explica os problemas que enfrenta (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
 

De acordo com o tenente-coronel Cláudio Henrique Ribeiro, o grande problema da PMMG com relação a Belo Horizonte tem a ver com o desenvolvimento da cidade. O militar afirma que os problemas sociais, as mudanças nas leis e algumas questões internas da instituição interferem na ordem de segurança da Capital. 

“Hoje em dia, a rotatividade da tropa é muito grande. A quantidade de pessoas que está saindo é maior do que aquelas que estão entrando na PM, fator que diminui o nosso efetivo. Por outro lado, utilizamos a inteligência, o planejamento e o incremento de novas ideias para continuar gerando bons resultados”, afirma.

Para o comandante da 4ª Companhia do 1º Batalhão, major Helivelton Salvador Santana, alguns problemas de ordem social que ocorrem na região central de BH acabam fugindo da competência da Polícia Militar. 

Ele acredita que a transformação depende de ações das entidades de classe e das autoridades públicas, além de mudanças na legislação. “É necessário que as associações que se localizam no Centro e os outros órgãos públicos criem iniciativas que busquem solucionar esses problemas. A criação do conselho de segurança pública seria um ótimo ponto de partida e ajudaria a Polícia Militar a entender as dificuldades dos comerciantes da região”, finaliza.


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