O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a mineradora Vale firmaram, nesta quarta-feira (2/8), um Termo de Compromisso Ambiental que estabelece medidas para a reparação dos danos causados às áreas do Complexo Minerário de Vargem Grande, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O acordo visa garantir a preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, e para isso, a Vale se compromete a adotar diversas ações.
Como parte da compensação, a mineradora pagará a quantia de R$ 40 milhões, que será destinada a projetos voltados à proteção ambiental, com preferência para a área da bacia hidrográfica potencialmente afetada pelo empreendimento.
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A Vale terá um prazo de até 90 dias para realizar o georreferenciamento da área do complexo, detalhando o mapa em escala que identifique as diferentes formas de cobertura do solo e as Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal, as quais deverão ser protegidas e sem intervenções.
Em 60 dias, a empresa deverá apresentar um laudo técnico que comprove a inexistência de áreas degradadas a serem recuperadas no Complexo Minerário Vargem Grande.
O descumprimento total ou parcial das obrigações estipuladas no acordo acarretará multa diária de R$ 10 mil por obrigação descumprida para a Vale.
É importante destacar que a celebração do Termo de Compromisso Ambiental não isenta a mineradora da responsabilidade pelos danos causados ao meio ambiente e pelos ilícitos cometidos.
Quanto ao valor de R$ 40 milhões, o MPMG será responsável por indicar sua destinação, priorizando projetos socioambientais, de fiscalização e proteção ambiental, bem como o apoio a entidades com finalidade institucional voltada à proteção do meio ambiente. Os fundos federais, estaduais ou municipais, devidamente constituídos e em funcionamento, também poderão receber esses recursos para benefício do meio ambiente.
O Termo de Compromisso Ambiental foi assinado pelo procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, e pelos promotores de Justiça Cláudia Ignez, Felipe Faria de Oliveira e Lucas Marques Trindade, em representação ao MPMG.