A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) anunciou, nesta sexta-feira (4/8), medidas para aumentar a cobertura vacinal dos municípios, com a compra de 253 'vacimóveis', ações 'extramuros' e bonificação para as cidades que atingirem os níveis de proteção recomendados.
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Os consórcios de saúde são associações entre municípios para a realização de atividades conjuntas referentes à promoção, proteção e recuperação da saúde de suas populações. Cada um montará estratégias para a van circular nas áreas e atender a todos os moradores da região.
Além disso, a secretaria vai disponibilizar os recursos para compra de materiais necessários nas aplicações e uma bonificação de R$ 160 milhões para os municípios que atingirem 95% de cobertura. Mas, para receber o prêmio, a cidade deve cumprir alguns requisitos, como a vacinação nas escolas. O valor repassado deve ser utilizado na Saúde e será proporcional à população de cada cidade e a quantidade de ações que forem implantadas.
A compra dos vacimóveis já está em andamento e, no próximo ano, todos os municípios poderão contar com a van, que será um patrimônio público, podendo ser utilizada em campanhas futuras.
Ainda conforme o secretário, estacionar o veículo em locais de grande circulação, como praças e rodoviárias, aumenta significativamente a adesão das pessoas. "Temos o exemplo de Lagoa Santa, que em uma semana do vacimóvel na praça, atingiu o mesmo tanto de aplicações que um mês em Unidade Básica de Saúde", diz.
Cenário em Minas
O ideal é que todas as vacinas atinjam níveis acima de 90% de cobertura. Em 2023, até o momento, a cobertura vacinal em nove das 18 vacinas é igual ou superior às coberturas alcançadas em 2022. Apesar disso, nenhuma atingiu o recomendado. Segundo a SES-MG, a tendência deste ano é ultrapassar as coberturas atingidas antes da pandemia, em 2019.
Entre os imunizantes menos aplicados nas crianças de até um ano, em Minas Gerais, destacam-se: rotavírus humano (79,96%), Meningocócica Conj.C (79,97%), pneumocócica (81,15%), Pentavalente e Hepatite B (ambas com 84,97%), poliomielite (85,15%), febre-amarela (88,57%) e BCG (89,88%).
Já nas crianças a partir de um ano, o estado registrou este ano as seguintes taxas:
- Tríplice Viral - D2 (68,06%)
- Meningocócica Conj.C (76,75%)
- DTP (77,65%)
- Poliomielite (78,01%)
- Pneumocócica (82,09%)
- Hepatite A (83,21%)
- Varicela (84,48%)
- Tríplice Viral - D1 (86,85%)
Enquanto as crianças acima de 4 anos apresentam baixa adesão às vacinas DTP (69,03%) e poliomielite (69,12%).