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Estado de Minas ASSASSINATO

'Matei por diversão', diz mineiro de 18 anos que enterrou mulher em jardim

Delegado responsável pelo caso declarou que o suspeito demonstrou extrema frieza durante o seu depoimento


04/08/2023 18:56 - atualizado 04/08/2023 19:02
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Fotos de Leonardo Silva e Nilza Costa
Leonardo Silva, de 18 anos, confessou que assassinou Nilza Costa Pingoud, de 62 anos, por asfixia com um fio (foto: Redes Sociais/Divulgação)
O jovem de 18 anos suspeito de assassinar e enterrar Nilza Costa, de 62 anos, no jardim da casa dela afirmou, nesta quinta-feira (4/8), ter matado por diversão. O suspeito foi preso na manhã de ontem, em Frutal, cidade do Triângulo Mineiro a cerca de 80 km de Barretos (SP), onde aconteceu o crime. 
 
A Polícia Civil (PC) de Barretos instaurou inquérito para apurar o crime de latrocínio, já que o celular, carteira e alguns objetos pessoais da vítima não foram encontrados. 
 
"Matei gente", disse Leonardo Silva, inicialmente, para imprensa local. Em seguida, ele afirmou também ter agido por vingança. "Um pouco [por vingança] também e diversão também", declarou Silva, que acrescentou não estar arrependido. "Nem um pouquinho. Eu vou matar e arrepender pra quê? Que bandido é esse que mata e arrepende depois? Usei o dinheiro. Fiz compras. Valeu a pena”.
 
Além disso, o jovem relatou que estava com raiva da vítima. "Muitas coisas; vocês vão descobrir ainda, ao longo da minha vida. Minha vida é uma série", disse Silva.
 
Após prestar depoimento na Delegacia de Barretos, o jovem, que é natural de Planura (Triângulo Mineiro), foi encaminhado à Cadeia Pública de Colina (SP).
 

"Extrema frieza. Agiu por vingança"

 
O delegado responsável pelo caso, Rafael Farias Domingos, informou à imprensa que, durante o depoimento, o suspeito demonstrou extrema frieza, nenhum tipo de arrependimento e que agiu por vingança.
 
"Ele parece não ligar para as consequências do que ele fez. Não apresenta remorso. Planejou com tempo esse crime e não apresenta nenhum tipo de arrependimento", afirmou Domingos.
 
O delegado também contou que o suspeito agiu por vingança. "Há cerca de quatro meses, o rapaz foi morar nos fundos da casa de Nilza, que tinha se proposto a ajudá-lo depois que ele se apresentou a ela como travesti. Ela o contratou para fazer serviços domésticos e Silva pediu demissão do emprego anterior", acrescentou.

 
Ele alega que o crime foi uma vingança, porque ele teria abandonado um emprego anterior para trabalhar na casa da vítima, como serviços domésticos. Mas o combinado acabou sendo desfeito, porque a vítima teria dito que ele não tinha compromisso e o dispensou. Ele ficou sem o emprego anterior, sem lugar pra morar e ficou com muita raiva e começou a planejar a morte dela", contou Domingos.
 

Morta por asfixia

 
Após, supostamente, ter sido mandado embora da casa da vítima, o delegado disse ter apurado que, na madrugada para o dia 24 de julho, o suspeito pulou o muro da casa e ficou escondido em um quarto nos fundos. "Quando o dia amanheceu, ele a surpreendeu e a matou por asfixia com um fio", afirmou Domingos.
 
Antes de enterrar o corpo no quintal, o jovem contou ao delegado que permaneceu na casa por alguns dias. "Ele teve tempo de obter dados bancários da vítima para fazer compras. Uma moto chegou a ser comprada para ser entregue em um apartamento que ele tinha alugado em Barretos com o dinheiro de Nilza. Ele ainda comprou uma pá em uma loja de construções para cavar o jardim, além de cimento e cal".
 
O corpo foi localizado nesta quarta-feira (2/8), enterrado no jardim da residência dela, localizada no Bairro Los Angeles, após denúncia de vizinhos, que não tinham notícias da vítima há cerca de uma semana. 


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