Três homens e uma mulher, entre 22 e 34 anos, foram presos nessa segunda-feira (7/8) em Pará de Minas, no Centro-Oeste de Minas Gerais. Eles são suspeitos de participação no assassinato do médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, em Dourados, no Mato Grosso do Sul, em 3 de agosto, informou a Polícia Civil mineira nesta terça-feira (8/8). O profissional da saúde estaria envolvido com crimes de estelionato.
Uma vizinha da casa onde Gabriel foi achado morto estranhou o fato de um automóvel, que tinha um jaleco branco visível no banco, estar estacionado na frente do imóvel há uma semana. Ela também notou um cheiro forte vindo do local, além da presença de moscas, e ligou para a polícia.
Segundo a Polícia Civil, Gabriel foi encontrado com as mãos e os pés amarrados em um quarto da residência. Exame de necropsia apontou que a morte aconteceu por meio de asfixia e “provável estrangulamento”. Além disso, ele teria agonizado por 48 horas ou mais. O assassinato, conforme a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, causou grande comoção na comunidade.
“Ele foi executado após cobrar uma dívida de R$ 500 mil. A suspeita, para não ter que pagar, contratou três homens para matá-lo. A mulher teria pagado R$ 150 mil ao trio pelo crime”, informou Cubas, acrescentando que chegou até a suspeita, identificada como Bruna, ao tomar o depoimento de amigos da vítima.
Apesar de ter coordenado o crime, Bruna não teria ido até a casa onde o médico foi assassinado, aponta a investigação. Gabriel foi possivelmente atraído para o local para encontrar um conhecido da amiga e passar para ele o contato de um traficante.
A investigação também revelou que a vítima havia entrado no esquema de estelionato muito antes de se formar, desde a época de faculdade. "Ele fazia parte da fraude de cartões e de benefícios de pessoas mortas. Para isso, pegava documentos de terceiros, usava sua foto, e ia até o banco fazer saques. Depois, ele repassava para a quadrilha", explicou o delegado.