Jornal Estado de Minas

ATENTADO

Polícia Civil de Caeté esclarece tiros em casa de vereador

O atentado contra a casa do vereador Diemerson Neves Porto, de 46 anos, em Caeté, na regiçao central do estado, atingida por 10 tiros, em 2 de julho deste ano, foi esclarecido pela Polícia Civil, neste início de agosto, com a prisão de um traficante, Alexandre Batista Rodrigues, de 28 anos, que arquitetou o plano e foi o mandante. Na verdade, ele confundiu o alvo, que era um menor que atuava na venda de drogas.






Segundo o delegado Cláudio Utsch, da Delegacia de Caeté, tudo começou quando um adolescente de 15 anos, que trabalha em uma biqueira (ponto de venda de drogas), em Itabira, furtou uma arma, uma pistola Glock 9 milímetros, procurou o traficante e acertou a venda da arma. Mas este não entregou a arma.


O motivo do adolescente não ter feito a entrega da arma é porque ele foi apreendido pela Polícia Civil, enquanto estava na biqueira. A arma, no entanto, não foi encontrada e, levado à delegacia, o menor contou aos policiais que tinha repassado a arma para a namorada, de 13 anos, que a colocou na mochila e foi para a aula, no Colégio Estadual Paulo Pinheiro da Silva. A arma desapareceu.  

Vingança

Revoltado por não receber o armamento, o traficante Alexandre conseguiu descobrir o nome do menor e decidiu se vingar dele. No entanto, o jovem traficante é homônimo do filho do vereador.

 

Alexandre, decidiu, então, ir à casa do vereador para mandar um recado ao suposto menor que o enganara. Contratou um segundo menor, para cometer um atentado, sendo que ele teve participação direta.

Em um veículo registrado em seu nome, o Toyota placa LSR4G80 - a placa foi anotada por testemunhas do atentado -, levou esse segundo menor até a casa do vereador, entregou-lhe a arma e deu ordens para disparar. Em seguida, fugiram do local. Na ocasião, pelo menos nove marcas de disparos de arma de fogo foram encontradas no portão da casa do vereador.



Marcas de disparos de arma de fogo encontradas no portão da casa do vereador (foto: Reprodução/Redes Sociais)
“A autoria do atentado foi descoberta pela Polícia Civil, que foi até a casa do traficante e também na de sua avó, onde ele costumava se refugiar, mas Alexandre estava foragido”, conta o delegado Utsch.


Na casa do traficante foi encontrada uma certa quantidade de maconha, uma máquina de receber pagamento, cartões de crédito e R$ 2.115,00 (em dinheiro). Na casa da avó, 40 quilos de café, que estavam em uma mala, cheia de borra de café, que servia para camuflar a droga e despistar cães farejadores.


Prisão Mas no início do mês, durante uma operação da Polícia Militar, perto de casa, o traficante Alexandre foi preso no momento em que fazia a entrega de uma encomenda de droga a um cliente. O homem conseguiu fugir, mas Alexandre foi preso e depois de concluído o inquérito, havia contra ele um mandado de prisão, ele foi levado para o sistema prisional.


A operação, segundo o delegado Utsch, foi realizada por uma equipe formada pelo inspetor Rogério Mantovani e os investigadores Eroebio de Andrade, Vanderlei Assis, Fábio Teixeira e Jefferson Moura.