Comerciantes do Bairro Castelo, na Pampulha, em Belo Horizonte, denunciam que uma mulher, com roupas na cor rosa, está passando notas falsas em lojas da região. Apenas em dois estabelecimentos, o prejuízo chega a R$ 400.
A reportagem do Estado de Minas conversou com duas personagens que tiveram contato com a mulher. As descrições apontadas são de que a suspeita tem pele morena, cabelos vermelhos e estava vestida com roupas da cor rosa.
Segundo a gerente da loja Original Bolos Caseiros, Rosemeire Assis, a mulher entrou na loja e interagiu diretamente com ela. Ela contou que a mulher estava prestes a cometer o crime.
"Ela [a suspeita] chegou por volta das 18 horas [da terça-feira, 8/8], aí pegou o preço de alguns bolos e pediu dois. Dava um valor de R$ 51. Ela falou comigo: 'Olha, eu só tenho essa nota de R$ 200. "Peguei a nota e falei: 'Você não tem [nota] menor?'. Daí, ela falou: 'Não'. Aí, eu falei: 'Olha, eu não tenho troco'. Realmente, se eu fosse dar o troco para ela, eu ia ficar sem nada no caixa", contou.
Diante do impasse, a gerente foi até a loja ao lado e pediu a uma funcionária para trocar o dinheiro, mas ela também não tinha troco.
Desconfiada, ela pediu para a funcionária checar a veracidade da cédula.
"Falei: 'Olha, dá uma olhada nessa nota'. Porque a gente não movimenta dinheiro, eu não tenho referência. É tudo via Pix ou cartão de crédito. Aí a menina olhou, conferiu e falou: 'Verdadeira'. Aí, a outra que estava ao lado dela falou assim: 'Deixa eu ver. Aqui, tá batendo tudo. É verdadeiro'", disse.
Desconfiada, ela pediu para a funcionária checar a veracidade da cédula.
"Falei: 'Olha, dá uma olhada nessa nota'. Porque a gente não movimenta dinheiro, eu não tenho referência. É tudo via Pix ou cartão de crédito. Aí a menina olhou, conferiu e falou: 'Verdadeira'. Aí, a outra que estava ao lado dela falou assim: 'Deixa eu ver. Aqui, tá batendo tudo. É verdadeiro'", disse.
A gerente, então, trocou a nota falsa de R$ 200 e realizou a transação. A suspeita conseguiu aplicar o golpe com a nota falsa e deixar o prejuízo para a loja. A gerente também relatou que não foi realizado Boletim de Ocorrência na Polícia Militar.
A mulher vestida de rosa também foi até outra loja, dessa vez, de presentes. De acordo com os relatos da proprietária da Villa à reportagem, a mulher entrou na loja, no mesmo dia, na terça-feira (8/8), com a justificativa de estar procurando um presente para a sogra.
Presente para a "sogra"
"Eu mesmo a atendi. Ela entrou procurando um presente para a sogra. Eu mostrei algumas opções que a gente tem e, rapidamente, ela escolheu. Muito rápido assim, e ainda brincou que era para a sogra, que podia ser qualquer coisa. Aí, eu embrulhei, porque era um presente e ela tava com uma nota de R$ 200 na mão", relatou.A dona da loja contestou a mulher dizendo que não tinha troco para a cédula de R$ 200 e se ela não teria uma nota menor. A suspeita negou, dizendo que só teria aquela nota.
"Procurei na minha carteira e no caixa. Eu tinha que devolver R$ 140 para ela. Aí eu juntei, tinha R$ 100 em dinheiro, peguei esse dinheiro que tinha na bolsa e dei para ela de troco e falei assim: 'Vamos fazer o seguinte, eu vou te devolver o restante em um Pix de troco, pode ser?'. Na hora, vi que ela ficou meio desconsertada", afirmou.
A proprietária relata que chegou a desconfiar da nota de R$ 200 que recebeu, mas, quando viu a marca d'água na cédula que, se provou falsa, acabou realizando a transação. Ela, então, fez o Pix troco para a conta que a suspeita indicou, de um amigo dela.
"Aí, eu só fui descobrir que a nota era falsa, porque juntei umas contas aqui da loja e pedi à minha mãe para ir na lotérica pagar essas contas. Na hora que ela [a mãe] chegou na loteria, a menina falou: 'A nota da senhora é falsa'. Aí, nós tomamos um grande susto", lembrou.
A proprietária ainda ressaltou que diante dos ocorridos, ainda não havia tido tempo para realizar o Boletim de Ocorrência, mas que na tarde desta quinta-feira (10/8), ela iria até uma unidade da Polícia para realizar o B.O.