Jornal Estado de Minas

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Perseguida por ex-companheiro, mulher pede socorro em batalhão da PM

Uma mulher de 21 anos, após ser perseguida pelo ex-companheiro, procurou ajuda em um local com completa segurança em Montes Claros: o 10º Batalhão da Polícia Militar na cidade. O agressor, de 18, fugiu e acabou sendo preso dentro de um motel local.




 

O fato aconteceu na madrugada desta quinta-feira (10/08). De acordo com as informações da PM, por volta de 1h, a mulher, em companhia do seu atual namorado, entrou na sede do 10º Batalhão da Polícia Militar, gritando por socorro. O casal estava em uma moto.

 

Segundo a Polícia Militar, a vítima alegou que estava na moto pilotada por seu atual namorado quando um carro Fox se aproximou. O automóvel era dirigido pelo seu ex-companheiro, que abaixou o vidro da porta do motorista e começou a ameaçá-la de agressão e de morte.

 

Na sequência, de acordo com o relato da mulher, o condutor do Fox começou a perseguir o casal. Durante a perseguição, o casal entrou no pátio do 10º Batalhão da PM, que fica localizado na movimentada Avenida Deputado Plínio Ribeiro, entre os bairros Cintra e Jardim Palmeiras.





A mulher pediu socorro, dizendo que estava sendo perseguida e ameaçada pelo ex-companheiro. O suspeito também passou em frente ao 10º BPM e desobedeceu a ordem dos militares para parar o veículo, saindo em fuga. A vítima informou que o ex-companheiro já tinha feito ameaças a ela anteriormente por não aceitar o fim do relacionamento.

 

A Polícia Militar deu prosseguimento às buscas e localizou agressor dentro de um motel, na saída de Montes Claros, em direção a Bocaiuva. Ele foi preso por ameaça, desobediência e direção perigosa, sendo encaminhado para a delegacia de plantão da Polícia Civil em Montes Claros.

 

Em entrevista, o tenente Alex Mourão, da Polícia Militar de Montes Claros, que atua na prevenção e combate à violência doméstica, destacou a importância de as mulheres agredidas e ameaçadas pelo ex-companheiros procurar a delegacia para denunciar a violência praticada pelos homens. Ele ressaltou também a relevância da solicitação de medidas protetivas por parte das vítimas.

 

“A medida protetiva é uma ferramenta que ajuda a manter a vida das mulheres, contribuindo para que não ocorram os feminicídios”, observou o policial militar.

 

Segundo Mourão, as mulheres que agredidas ou ameaçadas dentro do próprio lar “devem romper o ciclo de violência” e denunciar os agressores.  “O primeiro passo é este: gritar pro ajuda”, disse o tenente, lembrando que vizinhos, familiares e amigos das vitimas de violência doméstica devem sempre encaminhar as denúncias pelos números 190 e 180.