O homem acusado de matar uma funcionária de uma farmácia da capital vai ser julgado no Fórum Lafayette, região Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (16).
O crime aconteceu em abril de 2017. Rosemary dos Santos Vieira, na época com 46 anos, foi morta ao chegar em casa no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha, em BH. A mulher foi abordada por um homem quando chegava do trabalho de carro, por volta das 22h.
Minutos antes, o filho da vítima chegou da faculdade de carona com um amigo e viu que uma motocicleta estava parada na esquina da rua. Alguns minutos depois, o jovem e o marido da vítima escutaram cerca de quatro tiros e foram até o portão da casa, onde encontraram a mulher baleada dentro do veículo.
O marido socorreu a vítima à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pampulha, mas segundo os médicos do local ela já deu entrada no local sem vida. A perícia constatou que a mulher foi baleada com quatro tiros no rosto.
Existia a suspeita de que o crime foi encomendado pelo marido da vítima, Edson Vieira Maciel. Eles tiveram um relacionamento de cerca de 20 anos. Em agosto do mesmo ano, Edson foi preso, suspeito de ser o mandante do crime. O homem foi julgado um ano depois e absolvido. Sete testemunhas foram ouvidas na sessão, entre elas um dos filhos do casal, que depôs a favor do pai. Ele disse ao júri que a rotina da família em casa era tranquila, que não havia conflitos e afirmou não acreditar que o pai foi o mandante do crime.
No julgamento, Edson negou mais uma vez ter mandado matar Rosemary. Ele contou o que aconteceu no dia do crime e contou que socorreu a mulher, que era gerente de uma rede de farmácias, com a ajuda de vizinhos, já que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estava demorando.
Na época, o promotor Cristian Lúcio da Silva disse que as investigações apontaram que o crime foi cometido por alguém que queria a morte da vítima. Mas, Silva não se convenceu de que as provas corroboram o indiciamento de Edson como mandante do crime. Assim, ele pediu que os jurados votassem “não” em relação ao crime ter sido encomendado pelo construtor, pedindo assim, a absolvição.