Márcio Gomes dos Santos, suspeito de ter sido contratado para matar a gerente comercial de uma rede de drogarias de Belo Horizonte em 2017, foi inocentado pelo Júri Popular nesta quarta-feira (16/8).
O crime aconteceu em abril daquele ano, quando Rosemary dos Santos Vieira, na época com 46 anos, foi morta ao chegar em casa no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha. A mulher foi abordada por um homem e levou quatro tiros no rosto.
Existia a suspeita de que a morte tivesse sido encomendada pelo marido da vítima, Edson Vieira Maciel. Eles tiveram um relacionamento de cerca de 20 anos. Em agosto do mesmo ano, Edson foi preso, suspeito de ser o mandante do crime.
O homem foi julgado um ano depois e absolvido. Sete testemunhas foram ouvidas na sessão, entre elas um dos filhos do casal, que depôs a favor do pai. Ele disse ao júri que a rotina da família em casa era tranquila, que não havia conflitos e afirmou não acreditar que o pai foi o mandante do crime.
Márcio Gomes estava preso desde então e foi a julgamento nesta quarta. A Justiça ouviu duas testemunhas e o suspeito negou o crime, afirmando que no dia do assassinato estava na casa da mãe, em uma cidade do interior de Minas.
A defesa pediu absolvição, algo que o que foi atendido pelos jurados, que se reuniram e votaram pela absolvição do réu por falta de provas.
A juíza Fabiana Cardoso, presidente do 3º Tribunal do Júri, durante a leitura da sentença, citou o artigo 386 do Código de Processo Penal, o qual afirma que na "ausência de prova suficiente para condenação, conduz à absolvição do réu por força do art. 386 , VII , do Código de Processo Penal". Ela, então, determinou a soltura de Márcio.