Alvo de vandalismo, o Parque da Serra do Curral, no Bairro Mangabeiras, em Belo Horizonte passará por um processo de recuperação. Além disso, haverá aumento da vigilância na área de acesso do local e do patrulhamento na Praça do Papa por guardas municipais, informou a prefeitura da capital mineira nesta quarta-feira (16/8).
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As chamas saíram do controle e atingiram parte da mata abaixo de um barranco, deixando uma pequena área fumegante e sob cinzas. Por pouco, o fogo não se alastrou para a Serra do Curral e o Parque das Mangabeiras, na Região Centro-Sul da capital, o que ameaçaria a biodiversidade ali presente.
A área queimada fica próxima a um posto de segurança que está abandonado, também com as janelas quebradas, paredes e pilares pichados e riscados. O posto marca uma das trilhas mais perigosas e, por isso, com necessidade de maior segurança.
Vale dizer que os envolvidos nos atos de vandalismo ainda não foram encontrados, segundo a prefeitura. Para isso, a administração municipal espera que o acesso às câmeras de vigilância das residências do entorno ajude a identificá-los. “A Guarda Municipal já iniciou as tratativas com a Polícia Civil no que diz respeito à investigação do crime de depredação de patrimônio público, no qual serão enquadrados todos os indivíduos identificados nos atos registrados”, diz a PBH.
Espaço "quase esquecido"
Um funcionário do parque, que optou por não se identificar, disse que o espaço está “quase esquecido”. “Há duas semanas, entraram aqui pelas trilhas, picharam uma parte do posto do Mirante e quebraram uma janela. Ontem, pularam a cerca da entrada, quebraram a outra janela, picharam mais paredes e na saída ainda ficaram rindo, nos ameaçando e falando que fizeram um churrasco, que por pouco não virou um incêndio. Caso continue assim, não sei o que vai ser desse parque”, relata à reportagem.
Já a PBH nega insegurança e afirma que a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica possui vigilância noturna na unidade, que atua na área oficial do Parque, “com atribuições exclusivas de vigilância patrimonial e ambiental”.
O Executivo alega que os atos de vandalismo aconteceram em “uma área não administrada pela PBH” como forma de “retaliação a ações mais ostensivas, que vêm sendo realizadas pela Guarda Municipal e pelas polícias Civil e Militar contra o ‘rolezinho’, movimento que voltou a acontecer na Praça do Papa, há cerca de um mês”.