A residência dos homens que agrediram um motoboy por desavenças na entrega de comida vai ser mantida sob proteção da Polícia Militar para uma "análise de inteligência", afirmou ao Estado de Minas o advogado que representa a família dos agressores. O local, no Bairro Caiçaras, Região Noroeste de BH, está cercado desde essa quarta-feira (17/8), um dia após as agressões, quando motociclistas protestaram em frente à casa e chegaram a atacar a residência.
"Parece que a polícia ia ficar lá até uma análise da inteligência a respeito de movimentação de motocicletas no local", disse o advogado, que se chama Flávio Amaral. Na noite de quarta-feira, houve nova manifestação de motoboys na porta da residência, mas a polícia já havia cercado a região. Três pessoas foram presas.
Segundo Amaral, as movimentações estavam mais tranquilas nesta quinta-feira (17/8). "Agora está tranquilo lá na porta da residência, foi só ontem mesmo que os ânimos estavam acalourados, por parte dos motoboys", disse o advogado.
Relembre o caso
De acordo com a Polícia Militar, houve um desentendimento mútuo entre o cliente e o entregador, por conta de desavenças em relação a um pedido de comida, fator que resultou em uma agressão entre as duas pessoas.
O entregador alegou que foi agredido e acusado de querer roubar a comida dos clientes após pedir o código de confirmação da entrega. Já no relato dos moradores, o pedido teria demorado para ser entregue e que, quando o entregador chegou, eles desconfiaram que ele teria aberto o pacote e comido a feijoada.
Em entrevista ao Estado de Minas, o tenente Louzer, policial que atendeu a ocorrência, disse que o desentendimento começou com um atrito verbal e evoluiu para uma agressão física. Ele explica que os quatro envolvidos - três clientes e o entregador - são vítimas e autores do crime. "Foram agressões mútuas."